tag:blogger.com,1999:blog-19192908054933609242024-02-19T23:18:04.201-03:00Blog do Samuel DinizDesabafos, crônicas e artigos sobre assuntos do cotidianoSamuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.comBlogger30125tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-71444256081384499072022-03-03T10:05:00.003-03:002022-05-18T18:22:05.146-03:00Invasão da Ucrânia na verdade começou em 2014<p>A invasão da Ucrânia na verdade vai fazer 8 anos! A Rússia tentou controlar a Ucrânia de forma "pacífica" comprando seus parlamentares e o então presidente à época. Com isso ela queria impedir que a Ucrânia entrasse para a União Européia (UE) e OTAN e, claro, fazer uso do seu território. A ideia era manter um presidente marionete controlado pela Rússia. O país pareceria ainda ter sua soberania, mas na prática seria só mais um membro da federação russa tal como Belarus (<a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Bielorr%C3%BAssia">Bielorrússia</a>). </p><p>Após os eventos de <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Euromaidan">Maidan</a>, o então presidente ucraniano fugiu para a Rússia e parte do parlamento foi removida pelo novo presidente. Mas a Rússia não demorou a reagir. Com seus planos frustrados, a Rússia partiu para a invasão. No mesmo ano invadiu a Ucrânia, anexou a região da Crimeia e começou a invadir também a região de Donbass. As pessoas não falam nisso, mas a tropas russas disfarçadas de rebeldes já guerreavam contra as forças da Ucrânia em Donbass desde 2014. Outros rebeldes foram, inclusive, introduzidos pela própria Rússia. Há anos que a Rússia financia a emigração de russos para a Ucrânia com vistas a controlá-la e criar um desculpa para essa invasão.</p><p>Em paralelo, a Rússia já vinha também se preparando financeiramente para a guerra. Desde 2014 que a Rússia vem liquidando todos os títulos do tesouro dos EUA que ela tinha em caixa e trocando por dólares e ouro. Com dólar e ouro em caixa, ela tem dinheiro para gastar por muitos anos seja qual for a sanção. E a Rússia tem hoje uma das maiores reservas de ouro do mundo. À época da copa, em 2018, ela já tinha liquidado praticamente todos os títulos do tesouro dos EUA. Parecia até que os planos eram invadir a Ucrânia logo após a copa. Mas por alguma razão ela não fez isso. Talvez tenha achado melhor esperar o fim da pandemia ou por alguma outra razão interna, não se sabe ao certo. Mas a grande invasão não tardou e aconteceu agora em 2022. Chamo de "grande invasão", repito, por que na verdade a invasão começou em 2014. </p><p>Ou seja, a invasão vai fazer 8 anos e o resto do mundo não fez absolutamente nada para impedir que chegasse ao ponto atual. Isso nos mostra o quanto organismos como a ONU e a UE não servem absolutamente para nada. A resolução recém aprovada pela ONU não passa de ato simbólico sem nenhum efeito prático. Os termos da resolução não são vinculantes, ou seja, não obrigam nenhum dos seus membros a tomar qualquer ação. E a Rússia já há anos persegue e mata minorias e opositores em seu território mesmo havendo diversos pareceres e relatórios da ONU e Corte Europeia de Direitos Humanos contrários a isso. Ou seja, a Rússia não está nem aí para o que o resto do mundo pensa sobre ela. </p><p>Nada que o mundo "civilizado" possa fazer vai impedir essa guerra e evitar a invasão. A questão não é mais se ela vai tomar a Ucrânia, mas até onde ela quer ir. Quais serão os próximos países da Europa a serem invadidos?</p>Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-15845095852207044062022-01-06T10:41:00.003-03:002022-05-18T18:29:12.756-03:00O que destrói a economia de um país?<p>O que destrói a economia de um país é a morte, a burocracia para abrir e fechar uma empresa, o excesso e a complexidade dos impostos, a insegurança jurídica e a insegurança física.</p><p>Manter os trabalhadores em teletrabalho e restringir ou proibir determinados setores da economia, tais como eventos, bares, restaurantes e cinemas, não afeta a economia. Isso por que enquanto as pessoas existirem (isto é, não morrerem) elas vão continuar com as mesmas necessidades básicas de moradia, vestimenta, comida, saúde e diversão. Então se você está preocupado em perder o seu emprego, ou talvez até já o tenha perdido, por conta das restrições impostas durante a pandemia, você deveria, isso sim, estar preocupado com as pessoas que estão morrendo. Você será muito mais afetado e prejudicado se mais pessoas morrerem. </p><p>As necessidades básicas das pessoas não mudam e é isso que determina o consumo delas. Se uma família não pode mais ir a um restaurante por conta da pandemia, então ela vai pedir mais comida no delivery, ou vai consumir mais comida em casa. Se uma família não pode mais ir a um bar, então ela vai comprar mais bebida para beber em casa. Se uma família não pode mais ir ao cinema, então ela vai gastar mais dinheiro com serviços de TV por assinatura. Então sempre que uma maneira de consumir diminui, outra aumenta. E aqueles que são empreendedores precisam se adaptar. Não adianta nada lutar contra a mudança, ou esperar que as coisas voltem a ser o que eram. Agir assim é contraproducente. Os bons empreendedores já estão se adaptando a essa nova realidade imposta pela pandemia. Não acham que é o fim do mundo, pelo menos por enquanto.</p><p>E isso vale não só para os empreendedores, mas também para os empregados. Se um garçom de um bar, por exemplo, perdeu o emprego por que o bar fechou e está esperando os bares reabrirem novamente para conseguir outro emprego, pode estar perdendo tempo precioso. Os bares podem até reabrir, mas será que vão reabrir na mesma quantidade e da mesma forma? Ou seria melhor esse garçom já prontamente identificar outras oportunidades de trabalho? </p><p>Vamos analisar, a título de exemplo, uma mudança aparentemente simples que ocorreu durante a pandemia: Algumas famílias que moravam em apartamentos se mudaram para casas. O que isso implica? Sem muito esforço, podemos pensar em várias oportunidades de trabalho. Essa família vai precisar de:</p><p></p><ul style="text-align: left;"><li>Uma empresa ou pessoas para ajudar na mudança.</li><li>Pode precisar dos serviços de um organizador profissional para arrumar a mudança (inclusive escrevi um artigo recentemente sobre isso).</li><li>A casa é grande? Pode precisar de uma empregada, jardineiro, pintor, eletricista etc...</li><li>A casa é mais longe da escola dos filhos? Pode precisar de transporte escolar.</li><li>A casa é longe da academia? Pode precisar de um personal trainer.</li><li>A casa é longe do mercado? Pode precisar de serviços de entrega de compras, verduras e padaria.</li><li>A família vai construir uma casa nova? Aí entra tudo o que está envolvido com construção civil que, inclusive, foi um dos setores que mais inflacionou durante a pandemia justamente por carência de mão de obra, e isso desde a produção de materiais até o setor de construção propriamente dito.</li></ul><div>E poderíamos continuar aqui o dia inteiro falando apenas de oportunidades que surgiram com essa simples mudança de hábitos que gera novas demandas.</div><div><br /></div><div>A grande dificuldade mesmo é a gente se adaptar. Precisamos vencer nossos próprios medos e sair da zona de conforto. Mas como dizia o Stephen Hawking, inteligência é a capacidade de adaptar às mudanças. </div><p></p>Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-69220128561569892922021-10-05T13:07:00.009-03:002021-12-17T14:59:54.015-03:00Por que investimentos em Bitcoin [e em praticamente todas as outras criptomoedas] são esquemas de pirâmide ou Ponzi?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://st.depositphotos.com/1702382/2976/i/600/depositphotos_29761935-stock-photo-pyramids-of-giza-cairo.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="600" height="400" src="https://st.depositphotos.com/1702382/2976/i/600/depositphotos_29761935-stock-photo-pyramids-of-giza-cairo.jpg" width="600" /></a></div><br /><p>Antes de tudo, apenas algumas <b>ressalvas</b>. Considero o Bitcoin, todas as outras criptomoedas e o blockchain de forma geral tecnologias inovadoras (apesar de antigas) e revolucionárias. Sei que existem muitas aplicações práticas para essa tecnologia além de apenas meios de pagamento e moeda digital. Penso também que existe sim a possibilidade de um dia uma ou mais criptomoedas descentralizadas e distribuídas se tornarem de fato uma moeda, ou seja, um meio de troca amplamente aceito. Eu, por exemplo, invisto um pequeno percentual do meu patrimônio em Bitcoin e Ethereum. E acho válido comprar criptomoedas por motivos ideológicos.</p><p>Dito isso, é preciso que as pessoas saibam que os investimentos em criptomoedas, pelo menos por enquanto, se comportam como um esquema pirâmide ou Ponzi. Vou repetir: "<b>se comportam</b>". Digo isso porque não foi, provavelmente, a intenção dos criadores dessas tecnologias, criar um esquema pirâmide. Mas, infelizmente, o comportamento desses investimentos os coloca, pelo menos por enquanto, no mesmo patamar de um esquema pirâmide. E nesse sentido vários economistas renomados e até cientistas da computação já se manifestaram. </p><p>Não julgo quem discorda, por que eu mesmo só me convenci depois de algum tempo. O <b>artigo que me convenceu</b> de uma vez por todas foi um <a href="https://www.ic.unicamp.br/~stolfi/bitcoin/2020-12-31-bitcoin-ponzi.html" rel="nofollow" target="_blank">artigo do Jorge Stolfi</a>, cientista da computação da Unicamp. Trata-se de um artigo simples e fácil de ler que aborda todas as falácias daqueles que defendem que as criptomoedas não são um esquema pirâmide. Fala especificamente sobre o Bitcoin, mas se aplica a qualquer outra criptomoeda com funcionamento similar.</p><p>Isso significa que, quando o fluxo de entrada de novos investidores diminuir ou parar, toda a pirâmide vai cair por terra e o preço da criptomoeda <b>vai cair bastante</b>. Essa queda não seria de todo ruim, já que colocaria o preço novamente em um patamar que correspondesse a uma moeda comum. Mas quando isso acontecer, muitas pessoas perderão seus investimentos.</p><p>As pessoas precisam entender de uma vez por todas que as moedas não são moedas por que as pessoas milagrosamente concordaram em aceitá-las como meio de pagamento. Isso podia até ser verdade em um passado remoto, quando os povos ainda não estavam organizados e os indivíduos ou grupos tinham que acordar os meios de pagamento. Mas isso não é verdade há muito tempo. As moedas só são moedas hoje por que os governos obrigam as pessoas a aceitá-las como tal. E isso, lamento dizer, dificilmente vai acontecer com o Bitcoin, nem com nenhuma outra criptomoeda descentralizada e distribuída. E por uma razão muito simples: os governos não vão conseguir mais imprimir dinheiro. Então <b>enquanto existirem governos</b>, muito provavelmente não haverá uma criptomoeda descentralizada e distribuída largamente aceita como meio de troca. O caso de El Salvador é um fato isolado que não deve ser levado em conta. Trata-se de uma iniciativa muito boa. Mas só contribuiria para "desfazer" a pirâmide se fosse seguido por outros países.</p>Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-51102957345141199482021-10-04T16:02:00.005-03:002021-12-17T15:07:52.129-03:00Cartão de débito/conta global em dólar: Comparativo entre Avenue, C6 Bank e Nomad<p>Como faço muitas compras em sites no exterior, sempre quis ter um cartão/conta global em dólar de forma que as compras fossem pagas diretamente em dólar. Diversas instituições financeiras disponibilizam um cartão de débito em dólar (ou euro) que serve tanto para compras pela Internet ou durante viagens. Esses cartões são muito úteis pois evitam a cobrança de IOF extra quando a compra é realizada usando um cartão de crédito nacional, e também são uma forma conveniente de transportar recursos em viagens internacionais. Além disso, ter uma conta em dólar é também uma forma de dolarizar seu patrimônio. Isso sem falar que as taxas de câmbio geralmente são melhores do que a dos bancos tradicionais como Banco do Brasil.</p><p><b>Avenue</b></p><p>O primeiro cartão que testei foi o da <a href="https://avenue.us/" target="_blank">Avenue</a>. A Avenue já era conhecida por permitir a compra e venda de ações negociadas nos EUA e lançou recentemente esse tipo de cartão após divulgar uma lista de espera. O cartão de débito em dólar é fornecido em parceria com o <a href="https://www.getevolved.com/" target="_blank">Evolve Bank & Trust</a>. Todavia é fornecido apenas um número de cartão. O número da conta no Evolve Bank & Trust não é revelado aos usuários desse tipo de cartão por meio da Avenue. Então não é possível transferir da conta no exterior para outra conta no exterior. O cartão, portanto, só serve para compras e saques em ATMs no exterior.</p><p>Não tive ainda a chance de testar o cartão em viagens, mas a experiência com compras em sites nos EUA foi péssima. Tentei uma compra pequena no conhecido site iHerb.com, e o pagamento foi negado. Entrei em contato com o atendimento da Avenue via chat do App (que por sinal é péssimo pois o atendente demora muito a responder e o chat cai toda hora) e me orientaram a usar o endereço de faturamento (billing address) da própria Avenue. Mesmo assim, a transação continuou sendo negada. Tentei contato direto com a Evolve Bank & Trust seguindo orientação que recebi via SMS da operadora <a href="https://www.i2cinc.com/" target="_blank">I2C Inc</a>, mas eles se negaram a me ajudar sem um número de conta com eles. Depois registrei uma reclamação no Reclame Aqui e já mudaram a história (falta de coerência) dizendo que o cartão estava bloqueado porque eu havia digitado o CVV errado (é mentira). <span style="background-color: #fcff01;"><b>Atualização</b>: Consegui depois utilizar o cartão em alguns sites, apesar de às vezes o pagamento ser negado.</span></p><p>Um cuidado que precisa se ter é no momento do câmbio, pois eles ainda não são transparentes no momento de oferecer o câmbio. É dada a opção de fazer a conversão dos reais para a conta de investimento e só depois para a conta bancária. Todavia eles não informam que os valores ficam bloqueados na conta de investimento, e que só é possível transferir para a conta bancária (a do cartão) depois de fazer algum investimento e resgatar. Outra coisa ruim é que o horário de câmbio da Avenue é muito limitado. Se você não tiver saldo em conta e tentar fazer uma transação à noite, por exemplo, não vai conseguir por causa do horário.</p><p><b>C6 Bank</b></p><p>O <a href="https://www.c6bank.com.br/" target="_blank">C6 Bank</a> também oferece um cartão de débito em dólar ou euro. Só que, diferentemente da Avenue que fornece esse cartão sem custo de emissão, o C6 Bank cobra 30 dólares. Fiz todo o processo e inclusive os 30 dólares foram debitados da minha conta corrente, mas por alguma razão misteriosa o cartão nunca foi emitido. Depois de abrir diversos chamados e reclamações, foi constatado que uma falha no sistema fez com que a solicitação de emissão do cartão se perdesse. No momento em que escrevo este artigo, estou aguardando uma solução do caso. Mas já fazem vários dias que nem estornam os 30 dólares já cobrados, nem me dão qualquer satisfação sobre a emissão do cartão. <span style="background-color: #fcff01;"><b>Atualização</b>: Após muitos contatos com o atendimento, finalmente reconheceram o problema e emitiram o cartão. Vou testar assim que possível.</span></p><p><b>Nomad</b></p><p>Assim como a Avenue, o <a href="https://www.nomadglobal.com/" target="_blank">Nomad</a> também oferece um cartão de débito em dólar em parceria com o mesmo banco: Evolve Bank & Trust. Mas, diferentemente da Avenue, eles fornecem os dados da conta o que, em tese, permitiria transferências de/para outras contas no exterior e, quem sabe, até contato direto com a Evolve Bank & Trust para tratar de algum assunto. Mas achei o procedimento de câmbio muito complicado. É necessário fazer primeiro uma cotação do câmbio e depois uma espécie de reserva da transação. Em seguida o App gera os dados para a transferência bancária via TED ou PIX. Mesmo aceitando PIX, é necessário digitar todos os dados da conta como se fosse um TED, então não é nada prático. Além disso, se você não transferir o valor exato acordado na reserva, poderá sofrer punições. O câmbio só realizado no dia seguinte, o que torna o uso ainda mais lento. No momento em que escrevo este artigo, estou aguardado a efetivação do câmbio para testar o cartão em uma nova compra qualquer.</p><p><b>Conclusão</b></p><p>A impressão que se tem é que esses serviços todos ainda estão em fase de testes. As coisas não funcionam perfeitamente e o atendimento é muito ruim. Geralmente é um robô que responde ao chat, as opções para resolver problemas raramente estão presentes, e passar para um atendente humano nem sempre é algo intuitivo.</p><p>Essa possibilidade do pagamento não ser aprovado por conta do endereço de faturamento também carece de esclarecimentos e transparência. Se a orientação é utilizar algum outro endereço norte-americano, isso precisa ficar claro e transparente. Por exemplo, na Avenue me orientaram a usar o endereço deles, mas e o nome do destinatário? Deveria ser o meu, ou o da própria Avenue? Se é o da Avenue, qual deles, pois a Avenue tem diversos nomes lá fora?</p><p>A falta de praticidade no câmbio também é um ponto negativo em todos eles, sendo que o da Avenue e Nomad são piores, por exigirem um TED. O da C6 Bank, como existe a conta no Brasil vinculada, pelo menos se pode fazer um PIX e, logo em seguida, solicitar o câmbio. O TED tanto na Avenue como no C6 Bank demoraram vários minutos (quase meia hora) para serem efetivados. Na prática, em todos esses serviços, é necessário fazer a transferência com antecedência mesmo sem saber ao certo se o dinheiro será ou não utilizado em uma compra. A Nomad é a pior em termos de demora. Após a reserva do câmbio, que já é um procedimento chato, o câmbio só é efetivado em um ou dois dias após o TED.</p><p>Por tudo isso, hoje eu não recomendaria nenhum desses serviços e não confiaria em colocar recursos em uma conta dessa sem a segurança de que eles poderão ser utilizado sempre que eu precisar.</p><p>Assim que conseguir continuar os testes atualizo aqui.</p><p><br /></p>Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-61176980352306108822021-03-05T14:02:00.006-03:002021-03-05T14:10:19.872-03:00Não compre o Amazon Echo ou Echo Dot se você estiver no Brasil<p>Nos EUA, o Amazon Echo (ou Echo Dot) é um dispositivo familiar. Uma vez instalado e configurado, vários membros da família podem utilizar o dispositivo para auxiliar em tarefas diversas. Isso é possível graças ao recurso chamado "household", em que o usuário "proprietário" do dispositivo (ou seja, aquele que registrou o dispositivo na sua conta da Amazon), pode convidar outros membros da família. Daí os demais membros da família podem acessar suas contas e realizar diversas funções.</p><p>Ocorre que no Brasil, e em diversos outros países, esse recurso simplesmente não está disponível. Sequer a opção para configurá-lo aparece no menu de opções do aplicativo da Alexa, nem no site Amazon.com.br. Por isso, o Echo acaba se tornando um dispositivo pessoal, de pouca utilidade para os demais membros da família. E nem adianta comprar outro Echo e colocar do lado, já que os dois vão atender quando alguém falar "Alexa" e vão começar a bater cabeça um com o outro, ou falar ao mesmo tempo.</p><p>Assim, para quem está no Brasil, não vale a pena comprar o Amazon Echo ou Echo Dot. Já que ele é individual, melhor só instalar a Alexa no celular mesmo e pronto. Um absurdo a Amazon não liberar esse recurso para outros países além dos EUA. E se trata de uma propaganda enganosa, já que a Amazon afirma se tratar de um dispositivo doméstico para toda família.</p>Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-33012025155014218572021-01-18T13:55:00.011-03:002021-06-04T16:57:15.137-03:00Lições aprendidas durante a pandemia de Covid-19<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM4FC4-l66GCngd8Tce06DXEk0cXwROVn5T2j6fOJNRovaqofK88ogdRNVhixtjRvwJe88YoO5fMz6J5hB2oJAaUArKkfOYKN8XeY9ZzKrZFmqqkq8udo1PcWD2GlJxcY3SB1CjJZ66DY7/s4032/20201224_153712.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Folhas verdes de uma árvore" border="0" data-original-height="3024" data-original-width="4032" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM4FC4-l66GCngd8Tce06DXEk0cXwROVn5T2j6fOJNRovaqofK88ogdRNVhixtjRvwJe88YoO5fMz6J5hB2oJAaUArKkfOYKN8XeY9ZzKrZFmqqkq8udo1PcWD2GlJxcY3SB1CjJZ66DY7/w400-h300/20201224_153712.jpg" width="400" /></a></div><p></p><ol style="text-align: left;"><li>Até os países mais desenvolvidos não estavam preparados para lidar com uma pandemia. Ou seja, nesse sentido, não há muito para onde correr.</li><li>E também instituições sólidas, na área científica, médica e sanitária, também não estavam preparadas para lidar com uma pandemia. </li><li>O único setor que estava preparado, e inclusive mostrou muita competência, para lidar com a pandemia foi o setor farmacêutico privado. E isso por uma razão muito simples: eles são da iniciativa privada.</li><li>Quando existe interesse, em geral econômico, alguns problemas são resolvidos muito mais rapidamente do que normalmente acontece.</li><li>Muitas pessoas preferem acreditar em qualquer notícia do que pesquisar informações em fontes confiáveis.</li><li>Quando o assunto é doença, máscara facial simples não protege quem a usa. Máscara protege os outros de quem usa. Então não adianta usar máscara para se proteger, se no mesmo ambiente outros não estão usando máscara. Uma máscara PFF2 é melhor do que uma máscara simples, mas ainda assim a proteção não é total.</li><li>Imunidade não é algo que dura a vida inteira. Na verdade, pode durar apenas alguns meses.</li><li>Aperto de mão é algo não só desnecessário, mas também nojento e perigoso. Esse hábito deveria ser abolido da face da Terra. Existem muitas outras formas igualmente calorosas de cumprimentar alguém. Até um abraço, sem beijos, claro, é menos perigoso do que um aperto de mão.</li><li>O que aviação, transporte coletivo, turismo, promoção de eventos, cinemas, shoppings, feiras, bares e restaurantes tem em comum? Todos são setores da economia que serão enormemente prejudicados em qualquer pandemia.</li><li>Viajar a negócios é algo não só desnecessário, mas também muito caro. As empresas deveriam acabar com isso de uma vez por todas. As famílias e o meio ambiente agradecem. O setor hoteleiro e correlatos que busque alternativas para promover o turismo, pois isso sim é um motivo válido para viajar.</li><li>Qualquer reunião de trabalho pode ser realizada por videoconferência. Tudo que você precisa é de um celular e, se quiser mais privacidade, de um fone de ouvido.</li><li>Dois terços das salas de escritórios poderiam ser desocupadas. A consequência disso que é dois terços dos prédios de escritórios também não deveriam existir. Menos expeculação imobiliária. Mais espaços residenciais (estes sim absolutamente necessários), praças e áreas verdes por favor.</li><li>Trabalhar em casa tem mais vantagens do que desvantagens. Novamente as famílias e o meio ambiente agradecem.</li><li>Os problemas logísticos nos estados da região norte do Brasil são piores do que imaginávamos. Que tal linhas de trem bala e melhores rodovias ligando esses estados com a região central?</li><li>O teletrabalho não prejudica ninguém. Setores impactados pela falta de circulação das pessoas podem investir nos comércios locais, pois esses sim serão mais demandados quando as pessoas estiverem trabalhando em casa.</li></ol><p></p>Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com0Brasília - DF, Brasil-15.826691 -47.921820399999987-44.136924836178849 -83.078070399999987 12.483542836178845 -12.765570399999987tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-7333465398033030892019-04-22T19:52:00.002-03:002021-06-04T17:09:16.240-03:00Reforma de um apartamento antigo - Lições aprendidas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLLl_htO35IJ8iQP-czWNRN1cp6KVoxXzriHjeDr1Wle1S9M7tK6P2knWOtue73bsEXQjS3PEHwYRDrM9b-A4JmxnInDxscc_WZYpNDHmrATYhBT-J2aqGLrm5pd52fHG7Hp4bjMU8B8Jh/s1600/IMG_20180324_100634302.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLLl_htO35IJ8iQP-czWNRN1cp6KVoxXzriHjeDr1Wle1S9M7tK6P2knWOtue73bsEXQjS3PEHwYRDrM9b-A4JmxnInDxscc_WZYpNDHmrATYhBT-J2aqGLrm5pd52fHG7Hp4bjMU8B8Jh/s400/IMG_20180324_100634302.jpg" width="400" /></a></div>
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Há cerca de 6 meses conclui a reforma de um apartamento antigo aqui em Brasília, DF. Foi a minha primeira reforma e, obviamente, cometi diversos erros e me arrependi de várias decisões. Seguem algumas lições aprendidas que talvez possam te ajudar a tomar boas decisões.<br />
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<b>1. Divida o projeto arquitetônico em duas fases: primeiro a demolição, depois o projeto propriamente dito</b><br />
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Contratar um arquiteto é essencial. Mas em se tratando de uma reforma, ainda mais de um apartamento, surpresas podem ocorrer. Mesmo que o arquiteto use um detector de pilares, vigas, colunas de encanamento do prédio etc... ainda sim podem haver surpresas. Por isso, é melhor separar o projeto em duas fases. Primeiro, já tendo alguma ideia do que você pretende fazer, peça para o arquiteto um projeto de demolição. E contrate uma equipe só para essa fase. Vai sair mais caro contratar só a demolição separada do resto? Provavelmente. Mas a tranquilidade que você terá durante a execução da segunda fase não tem preço. Além disso, você pode até ganhar algum tempo. Como a demolição pode ser iniciada prontamente, talvez o arquiteto aproveite este tempo para já ir começando o processo criativo. Além disso, durante a execução da segunda fase, você não perderá tempo contornando eventuais surpresas.<br />
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<b>2. Fazer o projeto executivo hidráulico e elétrico detalhados é essencial</b><br />
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A minha arquiteta me convenceu a não contratar esses projetos e no final me arrependi. Por conta da falta deles, a execução da obra foi comprometida e diversos problemas que poderiam ter sido evitados tiveram que ser contornados. Por exemplo, como não havia projeto hidráulico detalhado, um cano foi passado em uma área do forro de gesso que, depois, acabou prejudicando a instalação da própria iluminação. Além disso, depois foi uma dor de cabeça lembrar onde os canos estavam e onde poderíamos furar a parede para instalação de armários etc... Alguns arquitetos até fazem o projeto hidráulico mas é muito raro encontrar algum que faça o projeto elétrico. Não estou me referindo apenas aos pontos de luz, tomadas, interruptores etc... Isso eles já incluem no projeto. Estou me referindo aos circuitos, tubulação etc... Então muito provavelmente você precisará contratar um engenheiro elétrico também, mas geralmente trata-se de um projeto bem mais barato do que o arquitetônico.<br />
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<b>3. Proponha ao vizinho do andar de baixo uma vistoria antes da demolição e obra</b><br />
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Quando minha reforma terminou, minha vizinha me procurou para solicitar o reparo de diversos problemas no apartamento dela. Chegando lá tive a impressão de que alguns daqueles problemas já estavam lá há anos, mas mesmo assim acabei sendo obrigado a arcar com todos os reparos. Para evitar problemas como esse, a melhor coisa é fazer uma vistoria antes da demolição, que é a fase com maior potencial de causar danos no vizinho de baixo. Tire fotos de todas as paredes, tetos e juntas. Tire também fotos de portas e armários. Lavre um termo de vistoria, anexe as fotos e peça para o vizinho assinar. Isso vai evitar muita dor de cabeça futura.<br />
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<b>4. Não existe contrato de administração de reforma do tipo "me entregue apenas as chaves"</b><br />
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Contratar um administrador de obra é essencial. Muitos não fazem isso, ficam traumatizados com a quantidade de problemas que precisam resolver e no final acabam gastando a mesma coisa. E um administrador de obra vai te ajudar bastante nas compras de material, que é o que toma mais tempo. Mas um administrador de obra, por melhor que seja, como foi justamente o meu caso, não é muito detalhista. Se você não ficar em cima, muitos detalhes serão esquecidos. Então sua presença diária na obra é imprescindível. Minha dica é tentar colocar o maior número de detalhes no contrato de administração da obra. Quem sabe assim ele se obriga a ser mais detalhista.<br />
<br />
<b>5. Não faça cimento queimado</b><br />
<br />
Cimento queimado é muito bonito e voltou à moda com tudo, ainda mais em projetos mais "modernos", "industriais" ou "rústicos". Só que esse acabamento era muito comum antigamente. Hoje em dia simplesmente muitos profissionais sequer aprenderam a fazê-lo. O problema é que acabam dizendo que sabem. No meu caso me arrependi amargamente. O piso ficou muito trincado por falta de cuidado com a umidade durante a cura do cimento. Além disso, trata-se de um piso que arranha muito fácil se envernizado e, caso opte pela resina, vai ficar esbranquiçado. Não faria novamente se tivesse a chance. Existem pisos similares mais modernos, como o P500 ou P600 por exemplo, que são executados por empresas especializadas e prometem resultados melhores. Mas não recomendo o chamado microcimento ou cimento monolítico pois já vi aplicado e ele é muito frágil. Para vocês terem uma ideia, meu irmão utilizou microcimento da Microreve na cozinha dele e, só de fastar a geladeira para limpar, o peso da geladeira fez o piso afundar, deixando várias marcas das rodinhas da geladeira.<br />
<br />
<b>6. Não use Corian, Tresol etc... nas bancadas</b><br />
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Corian é lindo e as emendas são praticamente invisíveis. Mas os benefícios param por aí. Apesar de toda a propaganda, Corian é poroso sim, arranha super fácil e mancha com o calor. Eu comprei sabendo de tudo isso, só não imaginava que fosse tão ruim. Ele é tão poroso que qualquer mancha precisa ser limpa imediatamente, do contrário você terá que polir depois. Inclusive, se algum local ficar molhado muito tempo, vai mofar de forma muito similar ao silicone. Ele arranha tão fácil que, passados apenas cerca de 6 meses de uso, ele já perdeu completamente o brilho. Os vendedores falam muito das emendas invisíveis, mas a verdade é que, dependendo da cor, é possível perceber elas sim. Não compraria se pudesse voltar no tempo. Granito ou materiais mais modernos como o Dekton seriam minha opção. Nisso a minha arquiteta avisou mas fui teimoso.<br />
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<b>7. Se a marcenaria tiver muitos detalhes, contrate um marceneiro não uma loja</b><br />
<br />
Lojas, mesmo as mais caras e sofisticadas, não sabem executar projetos de marcenaria muito detalhados, que era justamente o meu caso, apesar de muitas prometerem justamente isso. Lojas costumam apenas adaptar módulos de tamanhos prédefinidos. Os ajustes geralmente são feitos apenas no momento da instalação e o acabamento final das peças ajustadas não fica 100%. No final, tive que abrir mão de alguns detalhes e ainda foi necessário contratar um marceneiro para resolver problemas pontuais. Ficou muito claro que teria sido melhor contratar um marceneiro desde o início.<br />
<br />
<b>8. Se for utilizar aquecimento à gás, pense no isolamento térmico da tubulação</b><br />
<br />
Para aproveitar melhor a energia do gás gasto no aquecimento, é importante utilizar algum material para o isolamento térmico da tubulação de água aquecida. Recomendo fazer o fechamento dos cortes nas paredes com espuma expansiva. O cimento é um péssimo isolante térmico e vai roubar o calor existente na tubulação. Isso deixará a tubulação sempre fria e levará mais tempo para esquentar a água toda vez que for utilizar água quente. Aquecimento à gás é muito comum em outros países onde justamente não se usa alvenaria e sim estruturas de madeiras preenchidas com espuma expansiva.<br />
<br />Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com0Brasília - DF, Brasil-15.826691 -47.9218204-16.804606500000002 -49.212713900000004 -14.8487755 -46.6309269tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-52108032217111288812017-11-28T11:13:00.002-02:002021-06-04T17:09:58.548-03:008 dicas para escolher um bom software livre para sua empresa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMVo0_dNLSUuWN_r1pV_pJWuTmTNv__b4AGpQ97xFAIHQtzonCXqEfUR9a2ldP2RNp4C5qXtL8t8a-sGs6djf2ntBaft3b1dv0_xwvBkxOvo70gl6vepfXgjz0_qvCJn10UXftQ4OgeQ_P/s1600/GitHub_Atividade.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="296" data-original-width="752" height="125" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMVo0_dNLSUuWN_r1pV_pJWuTmTNv__b4AGpQ97xFAIHQtzonCXqEfUR9a2ldP2RNp4C5qXtL8t8a-sGs6djf2ntBaft3b1dv0_xwvBkxOvo70gl6vepfXgjz0_qvCJn10UXftQ4OgeQ_P/s320/GitHub_Atividade.png" width="320" /></a></div>
<br />
Escolher um software livre nem sempre é tarefa fácil. Geralmente existem algumas alternativas, cada qual com seus pontos fortes e fracos. Quando o software é para sua empresa, então, a tarefa é ainda mais difícil. Você não vai querer investir esforços e tempo na adoção de um software para só depois descobrir que a escolha não foi boa. O que pode ser feito para diminuir esse risco? As dicas abaixo podem ajudar.<br />
<br />
<b>1. Projeto está ativo</b><br />
<br />
A primeira coisa a ser verificada é o projeto de desenvolvimento do software. Muitos projetos são abandonados depois de algum tempo. É claro que um projeto pode ser abandonado a qualquer momento. Mas outra coisa é adotar um software que já esteja abandonado. Para evitar que isso aconteça, consulte o site do projeto (Github etc). Verifique se ele ainda está ativo, ou seja, se existe alguma atividade recente (novas versões, commits etc).<br />
<br />
<b>2. Projeto é maduro</b><br />
<br />
A maioria dos projetos geralmente é abandonada no seu início. Assim, escolher um projeto maduro diminui o risco de ele ser abandonado no médio prazo. Há quanto tempo um projeto precisa existir para ser considerado maduro? Bom, isso é muito subjetivo. Mas acredito que um projeto com pelo menos dois anos já seja um excelente ponto de partida. Projetos maduros, além de terem uma expectativa de vida maior, costumam ter menos bugs.<br />
<br />
<b>3. Comunidade está ativa</b><br />
<br />
Um projeto de software não é formado apenas pelos seus desenvolvedores. Para existir, ele depende também de uma comunidade de usuários. Assim, é importante que exista um fórum ativo. A quantidade de moderadores e de usuários de um fórum diz muito sobre o software em questão. Existem posts recentes? Os posts recentes estão sendo respondidos? O fórum está em inglês?<br />
<br />
Caso não exista um fórum, talvez exista uma lista de distribuição para troca de e-mails.<br />
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<b>4. Documentação</b><br />
<br />
Você não pode depender apenas da comunidade para tirar suas dúvidas. É importante que exista um mínimo de documentação (roteiros de instalação, configuração etc...). É bom que essa documentação esteja disponível e atualizada de acordo com as últimas versões do software. Se a plataforma de documentação for colaborativa (Wiki etc...), melhor ainda.<br />
<br />
<b>5. Registro de bugs</b><br />
<br />
Nenhum projeto é perfeito. Então precisa existir uma forma de a comunidade fornecer feedback sobre os bugs e problemas encontrados. A melhor forma de se fazer isso, na minha humilde opinião, é por meio de um site de registro de bugs (Jira, Bugzilla, Tracker etc...).<br />
<br />
<b>6. Internacionalização colaborativa</b><br />
<br />
Uma boa forma de expandir a adoção de um software é se preocupando com a sua internacionalização. Se ela for colaborativa, a chance de isso ocorrer vai ser ainda maior. Verifique se existe alguma plataforma onde a comunidade possa colaborar com a internacionalização do software (Transifex etc...).<br />
<br />
<b>7. Suporte técnico</b><br />
<br />
Utilizar software livre geralmente é muito mais barato do que obter licenças de um software proprietário. Mas como qualquer outro software, existe uma curva de aprendizado para dominar a configuração da ferramenta. Pode acontecer das pessoas na sua empresa que possuem esse capital intelectual saiam. Por isso, dependendo da situação, talvez sua empresa precise contratar um suporte técnico para manter as coisas funcionando. Ter um software livre é bom, mas poder contar com um suporte técnico quando você precisar é ainda melhor. Então é prudente verificar se existem empresas que possam prestar esse tipo de serviço para uma eventualidade.<br />
<br />
<b>8. Blog sobre novidades</b><br />
<br />
Em alguns casos os desenvolvedores mantém um blog para falar das novidades das últimas versões e, melhor ainda, do roadmap do que será lançado no futuro. Fica muito mais fácil adotar um software sabendo dessas coisas, então é algo certamente desejado.<br />
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<br />Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-33875119083648099782015-11-17T14:41:00.001-02:002015-11-17T14:41:58.617-02:00Pare de se lamentar, veja onde a crise vai parar e se prepare para isso<div style="text-align: justify;">
Há cerca de 8 meses atrás publiquei <a href="http://blogdosamueldiniz.blogspot.com.br/2015/02/off-topic-um-grande-crise-na-economia.html">um artigo</a> "avisando" que uma grande crise econômica estava chegando. Apesar de na época muita gente achar que o texto era excessivamente pessimista, diversos outros blogs já vinham escrevendo sobre isso há muito mais tempo do que eu. Então o assunto não era novidade para ninguém. "Avisando" foi só uma figura de linguagem. Mas a ideia do artigo foi somar mais um aviso e ajudar as pessoas a se prepararem para a crise, ou pelo menos tomarem consciência dela.</div>
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Oito meses se passaram, e agora ninguém tem mais dúvidas quanto à crise. O Tesouro Nacional está falido. O fundo da Previdência Social está quebrado. A inflação só aumenta. E a economia vai de mal a pior. Mas isso é só o começo. Precisamos parar para pensar sobre onde essa crise vai parar. No outro artigo, meu foco foi preparar as pessoas para perderem seu emprego. Mas e o resto? O que vai acontecer com o nosso estilo de vida? É sobre isso que vou escrever agora.</div>
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<br /></div>
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Não é preciso muita imaginação, nem conhecimento econômico, para prever o que vai acontecer nos próximos meses. Basta ter um pouco de memória e lembrar como era a vida nas décadas de 80 e 90. Aliás, a ideia é justamente voltar no tempo, no pleno sentido dessa expressão. Em uma crise como a que nós estamos vivendo, a palavra chave é retrocesso. E retrocesso econômico gera todo tipo de retrocesso, inclusive tecnológico. Prepare-se para uma volta no tempo. Prepare-se para perder acesso a coisas que hoje parecem normais. Vamos falar sobre algumas delas.</div>
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Viagens de avião</div>
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Antigamente, viajar de avião era coisa de gente rica, classe alta. Classe média viajava mesmo era de ônibus. Lembro que meu pai só viajava de avião quando se tratava de uma viagem a trabalho paga pela empresa. Fora isso, qualquer viagem era feita de ônibus ou de carro. É justamente isso que vai acontecer. Viajar para São Paulo pagando até 300 reais? Nem pensar. Os principais insumos da aviação civil são precificados em dólar. Então se prepare para passagens aéreas a partir de 1000 reais o trecho. Promoções serão raras! Aliás, estão fazendo muitas promoções agora simplesmente para preencher voos já comprometidos. Mas diversos trechos já estão sendo cancelados por falta de demanda. O efeito é multiplicador, ou seja, uma "bola de neve". Funciona mais ou menos assim. O preço aumenta um pouco e a demanda cai um pouco. Como a demanda cai, diminui o ganho de escala da empresa de aviação. Diminuindo o ganho de escala, a empresa precisa aumentar um pouco mais o preço. E aí o ciclo se repete até a crise se agravar de vez e apenas os ricos conseguirem comprar uma passagem: Justamente como era nas décadas de 80 e 90! Classe média viajando para o exterior? Só em sonho mesmo.</div>
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Oferta e variedade de produtos</div>
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Hoje quando você vai ao supermercado comprar açúcar, pode se dar ao "luxo" de escolher uma dentre várias marcas e opções. Mas não era assim há 20 anos atrás. Haviam 2 ou 3 opções no máximo. Isso vai ocorrer em vários segmentos. </div>
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Um deles será o de automóveis. Não estou dizendo que só vai sobrar Volks, Fiat, Ford e GM. As outras vão continuar existindo mas, como era há 20 anos, só vão estar acessíveis a quem realmente for rico. Classe média vai ter que se contentar novamente com carros do nível do Gol e Palio.</div>
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Algo que vai encarecer bastante também são os produtos de informática em geral, incluindo aí smartphones, computadores, notebooks, televisores e câmeras fotográficas. Há 20 anos atrás não era fácil ter esses equipamentos em casa. Havia até consórcios para esse tipo de produto. Muita gente tinha computador, por exemplo, mas era um bem que pesava bastante no orçamento. Isso já está acontecendo. Notebooks razoáveis por 2 mil reais ou menos? Esqueça!</div>
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Telefonia e internet</div>
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Nesse caso, não acho que vai ocorrer uma retração a ponto de voltarmos para a conexão discada, como acontecia na década de 90. Mas a telefonia e internet no Brasil vão estagnar e, comparadas com o resto do mundo, a nossa sensação vai sim ser como se estivéssemos novamente utilizando uma conexão discada. A infraestrutura de telecomunicações vai ficar sucateada com o tempo, devido ao alto custo de manutenção e demanda estagnada. Então se prepare para constantes quedas e indisponibilidades no serviço. A qualidade vai piorar.</div>
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<br /></div>
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Saúde</div>
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A saúde hoje está longe do ideal. Mas há 20 anos atrás quem não tinha plano de saúde simplesmente morria. O tempo foi passando e os planos de saúde se tornaram cada vez mais populares. Ao mesmo tempo, a saúde pública também melhorou um pouco. Com a falência do Governo, a tendência é o sucateamento dos hospitais. UTIs e centros cirúrgicos vão fechar e virar novamente coisa de gente rica.</div>
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Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-45743405752997608642015-07-21T16:47:00.001-03:002015-08-10T14:57:41.723-03:00Lojas de veículos usados reclamam da crise, mas baixar os preços que é bom... jamais!<div style="text-align: justify;">
Qual é o preço justo de um veículo usado?<br />
<br />
Acho engraçado a "choradeira" das lojas de usados [e também dos particulares que não estão conseguindo revender seus veículos usados]. Reclamam da crise, que nunca tiveram um semestre tão ruim, mas baixar os preços que é bom... jamais! Preferem não vender, não movimentar o mercado, do que parar de especular e vender o carro no preço justo. Mas a questão é: O quê exatamente é um preço justo?</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Os brasileiros em geral infelizmente não sabem o que é um preço justo de um carro (isso vale para bens usados em geral). Ainda vivem uma espécie de fantasia na qual carro é investimento, enquanto que no resto do mundo carro é simplesmente um bem de consumo que você compra, usa e "joga fora", ou vende bem baratinho como qualquer outro bem de consumo. Mas não! Os brasileiros preferem encarar um carro como investimento e até se endividam horrores achando que estão investindo em algo que vão resgatar no futuro. Ledo engano. Um pensamento equivocado que remonta ao tempo em que linha telefônica era um investimento de luxo.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A única coisa certa que vai acontecer com um carro zero depois que você tirar ele da loja é desvalorizar. Ah, mas você pagou caro no carro e por isso quer vender ele, depois de usado, caro também? Problema seu. A desvalorização de um carro funciona assim. No primeiro ano desvaloriza 20% e nos anos seguintes 10%. Porque isso? Bom, esses 20% de desvalorização no primeiro ano representam justamente aquilo que na verdade não deveria ter valor algum: o luxo e a vaidade de comprar um carro zero com cheirinho de novo, e a ilusão de que a garantia de fábrica do carro vale o "investimento" a mais. Os outros 10% de desvalorização anuais são a depreciação normal do bem que acomete quase todos os bens de consumo que existem: Representam o desgaste natural das peças, a desatualização tecnológica e assim por diante. Então, ao final de 5 anos de uso, um carro vai valer apenas cerca de 52% do seu valor de novo. Então se você comprou um carro zero a 5 anos atrás por R$100.000,00, deveria vender ele hoje pelo preço justo de R$52.488,00 -- nem um centavo a mais!</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Resolvi escrever este post porque acabei de reencontrar uma amigo que está há quase 1 ano tentando vender um BMW que custa zero R$130.000,00, mas já tinha cerca de 5 anos de uso. Há quase 1 ano atrás, ele estava pedindo R$85.000,00. 'Oh, uma diferença de R$45.000,00' você talvez pense, um ótimo negócio... Só que não! Só uma pessoa mal informada compraria esse carro por esse preço. Melhor seria comprar um zero do que investir R$85.000,00 em um BMW com 5 anos. Perguntei a ele quanto que ele estava pedindo agora e ele disse que havia baixado para R$67.000,00 e ainda não tinha vendido. Fiz um cálculo de cabeça e disse a ele que o preço agora não estava tão ruim quanto antes, mas que ele só ia vender rápido quando chegasse em R$62.000,00. Este seria o preço justo. Qualquer preço acima disso não seria um bom negócio e dependeria, como já disse, de uma pessoa mal informada para comprar. É claro que ele só faltou me bater, mas essa é a realidade dos bens de consumo. Se ele prefere se iludir e achar que carro é investimento, o problema é dele.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Na semana passada comprei um carro com 4 anos de uso que zero custou R$75.000,00. Paguei R$43.000,00, um ótimo negócio, pois o preço justo dele era R$43.740,00. Aliás, era mais ou menos esse o preço na Tabela FIPE, mas foi difícil encontrar esse carro por menos de R$45.000,00. A ilusão dos proprietários e vendedores é tão grande que nem a Tabela FIPE consegue convencê-los (mas em alguns casos ela não é confiável). Não vou nem desejar boa sorte a eles, pois acho isso um absurdo. Atitudes como essas só servem para inflacionar o mercado, inclusive de carros zeros. Se mais pessoas vendessem seus usados por preços mais coerentes com a realidade dos bens de consumo, quem sabe até os novos também baixariam de preço, como ocorre em outros mercados. A culpa dos preços altos de carros aqui no Brasil é em grande parte das próprias montadoras e revendedoras, e tudo o que eles sabem fazer é colocar a culpa nos impostos e chorar pela redução do IPI que, afinal, nunca nem será plenamente repassado para os consumidores. Mas os compradores também precisam mudar de mentalidade e começar a boicotar os preços dos zeros. Os usados vão continuar desvalorizando os mesmos percentuais de sempre, mas a perda em termos absolutos vai ser menor.<br />
<br />
<b>Inflação no Brasil</b><br />
<br />
Sempre que falamos em preços acabamos entrando no debate de porque o fantasma da inflação vive assombrando o nosso mercado. Na verdade não é fantasma coisa nenhuma, pois a inflação é algo real aqui no Brasil. Diversas pesquisas já demonstraram quais são as causas de inflação. Algumas causas são inerentemente econômicas, outras não. É justamente o caso do Brasil, acredito. Aqui, a inflação não é simplesmente culpa do excesso de dinheiro no mercado. Então, não adianta quase nada ficar aumentando a taxa de juros, como o Governo tem feito. Aqui no Brasil, diferentemente de outros países, aumentar a taxa de juros só gera retração. O problema da inflação no Brasil é outro. Aqui a inflação ocorre por razões comportamentais e culturais.<br />
<br />
Desde o descobrimento do Brasil que existe uma forte tendência de "comodismo" entre os brasileiros. O nosso legado cultural é ganhar mais com o mínimo de esforço possível. Mas o que isso tem a ver com a inflação? Simples. Basta entender um pouquinho de economia. Quando a demanda de um dado produto sobe, e a oferta se mantém constante, os preços também tendem a subir. E é justamente isso o que ocorre no Brasil. O empresário típico do Brasil aumenta os preços sempre que percebe um aumento na demanda. Isso porque a nossa tendência é o comodismo. Não queremos trabalhar mais, então se a demanda está aumentando, vamos aumentar os preços para manter a oferta e não precisarmos trabalhar mais. Em outros países não é assim que funciona. Ao menor sinal de aumento da demanda, os empresários investem no crescimento e aumentam também a oferta do produto. Isso ajuda a manter os preços sob controle e ainda promove o crescimento econômico. Aqui no Brasil, infelizmente, isso não ocorre. Aqui o que vale é a lei do menor esforço.<br />
<br />
Aí os preços tendem a subir. O Governo vai e aumenta os juros. Sobra ainda menos dinheiro no mercado para empresários investirem em aumento da produção. Daí a oferta cai mais ainda. Os preços sobem ainda mais. E assim continua o ciclo vicioso. E o Governo se ilude achando que está controlando a inflação. Tirar dinheiro do crédito aos consumidores não tem muito impacto na demanda, pois no Brasil o consumo gira muito em torno de itens essenciais. Então o brasileiro continua comprando, mesmo com os preços altos. O aumento na taxa de juros só provoca mais inflação. E assim as coisas vão piorando cada vez mais.</div>
Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-85378601602561593632015-02-24T10:49:00.002-03:002015-11-20T14:48:15.896-02:00Uma grande crise na economia do Brasil está chegando; você está preparado para perder seu emprego?<div style="text-align: justify;">
Existe um senso comum entre os economistas que um aumento contínuo da inflação geralmente vem acompanhado de desenvolvimento econômico. Quando a inflação vem acompanhada do contrário, ou seja, de uma retração da economia, o resultado é quase certo: crise econômica. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O Brasil já vive uma espécie de crise há muitos anos. Dizem, inclusive, que já estamos acostumados com isso, e que o pior não virá. Mas não é isso o que os números indicam. A indústria está se retraindo, demissões estão ocorrendo, e o comércio, que fica na outra ponta, já começa a sentir os efeitos e mais demissões logo virão. As grandes crises sempre são acompanhadas de demissões. Por quê? Simplesmente porque quem tem dinheiro precisa proteger seu capital e as demissões servem para evitar prejuízos. Além disso, em toda crise o dinheiro fica mais escasso, então a tendência é que os juros se elevem. Com juros altos e o mercado em retração, é muito melhor para quem tem dinheiro parar de produzir e colocar seu dinheiro no banco. E os trabalhadores que se lascam. Só que com as demissões, os poucos empresários que continuam produzindo aumentam ainda mais seus preços, já que a oferta diminuiu também. E o ciclo vicioso está estabelecido. Somente mudanças radicais são capazes de tirar um país de uma crise como essa. E o Brasil em breve vai entrar em uma crise exatamente assim!</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Diante disso tudo, a única certeza é que muito provavelmente eu, você e muitos outros vão perder o seu emprego. Será que nós estamos preparados para isso? Este artigo tem o objetivo de ajudar a nos preparar para isso.</div>
<br />
<b>Não contraia dívidas</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
A primeira coisa que você tem que fazer diante de uma crise é não contrair novas dívidas. Mas se você já tem alguma, não antecipe. Você pode precisar desse dinheiro durante a crise, até para o que eu vou falar a seguir.</div>
<br />
<b>Você tem uma profissão [de verdade]?</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Em uma crise, apesar de o dinheiro ficar escasso, as pessoas em geral continuam precisando de muitos produtos e serviços. Os muito ricos, por exemplo, às vezes até mantém seu padrão de vida exatamente como antes. Então oportunidades sempre existirão. Mas em geral elas vão exigir um pouco de empreendedorismo da nossa parte. E ter uma profissão é essencial. Quando digo profissão, estou me referindo a uma profissão de verdade. Uma profissão de verdade não é algo que qualquer um consegue fazer da noite para o dia. É algo que geralmente envolve estudo, especialização e prática. Vendedor de carros, por exemplo, não é profissão. Inclusive, muitos clientes quando entram em uma loja de carros às vezes conhecem os carros melhor do que os vendedores. Vendedor de roupa, então, nem deveria existir. Outro dia perguntei para um amigo se ele tinha uma profissão, e ele respondeu: Trabalho com vendas. Fiquei calado, mas é uma grande ilusão achar que vender é uma profissão. Já uma diarista que sabe passar roupa, ou cozinhar, essa sim tem uma profissão. Penso até que uma diarista merece ganhar muito mais do que muitos vendedores (e é justamente isso o que acontece). Mas não é perseguição com os vendedores não. Existe uma infinidade de outras coisas que também não são profissão coisa alguma: auxiliar de escritório, porteiro, garagista, atendente, caixa, motorista, e muitas outras coisas que todo mundo saberia fazer.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Atualmente é muito fácil ter uma profissão. A oferta de cursos técnicos é enorme, e você também pode aprender on-line pela Internet. Muitos cursos, inclusive, são gratuitos. Antes de decidir, pare para pensar. Faça uma lista de coisas que você acha que poderia fazer, de preferência coisas que você possa começar em casa. Talvez exista algo que você inclusive já saiba fazer. Por exemplo, talvez você seja um vendedor, mas goste de consertar os computadores da família e amigos de vez em quando. Porque não aprende a dar manutenção em PCs e notebooks, por exemplo? Talvez você tenha algum hobby que possa se transformar em uma profissão. Artesanato e fotografia são exemplos disso. Ou talvez você domine alguma língua, que tal dar aulas particulares, trabalhar com tradução ou turismo? São coisas a se pensar.</div>
<br />
<b>Invista e se posicione</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Resolvido o problema da profissão, o próximo passo é investir no seu negócio. Faça cursos, compre as ferramentas, treine, pratique. Comece a fazer pequenos bicos, mesmo sem cobrar nada se for o caso. Isso vai te ajudar a pegar alguma experiência e saber se é isso mesmo que você quer. Está dando certo? Então vá em frente e invista mais. Crie um site divulgando seus serviços. Se precisar de mais gente para o seu negócio, procure envolver pessoas da sua família. Até porque eles vão ser a sua maior preocupação durante a crise. E geralmente são pessoas em quem você pode confiar.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Mas cuidado para não se empolgar e investir demais. Dê um passo de cada vez. Tente usar o máximo o que você já tem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Seja humilde</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Muitos às vezes perdem o emprego e não estão dispostos a se "rebaixarem" e aí ficam esperando um emprego do mesmo nível enquanto as finanças pessoais vão de mal a pior. Por isso, algo importantíssimo é desenvolver humildade. Uma dona de casa, por exemplo, talvez tenha que trabalhar como diarista para ajudar o marido desempregado. Um gerente, até porque ser gerente não é profissão, talvez tenha que aceitar um emprego de vendedor ganhando muito menos. Então a humildade é essencial, especialmente se você não foi sábio o suficiente para aprender uma profissão enquanto havia tempo.<br />
<br />
[ATUALIZAÇÃO] Vou postar aqui notícias sobre o tema que encontrar.<br />
<br />
<a href="http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2015/10/02/internas_economia,501014/producao-industrial-cai-9-em-um-ano-a-maior-queda-desde-2003.shtml">Produção industrial cai 9% em um ano, a maior queda desde 2003</a><br />
<br />
<a href="http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2015/03/30/internas_economia,477521/com-a-estagnacao-do-pais-em-2015-1-2-milhao-de-pessoas-serao-demitidas.shtml" target="_blank">Com a estagnação do país em 2015, 1,2 milhão de pessoas serão demitidas</a><br />
<br />
<a href="http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2015/03/mercado-passa-prever-queda-do-pib-de-1-em-2015.html" target="_blank">Mercado financeiro passa a prever queda de 1% no PIB em 2015</a><br />
<br />
<a href="http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2015/02/07/interna_cidadesdf,470033/lojas-da-capital-federal-tem-fechado-as-portas-nos-ultimos-tempos.shtml" target="_blank">Sem estacionamento, seguraça e com alto custo, lojas do DF fecham as portas</a><br />
<br />
<a href="http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/03/contas-do-governo-tem-pior-resultado-para-fevereiro-em-19-anos.html" target="_blank">Contas do governo têm pior resultado para fevereiro em 19 anos</a><br />
<br />
<a href="http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/03/reajuste-dos-precos-de-remedios-podera-ser-de-ate-77-diz-governo.html" target="_blank">Reajuste dos preços de remédios poderá ser de até 7,7%, diz governo</a><br />
<br />
<a href="http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/03/agencia-autoriza-aumento-de-138-na-conta-de-agua-em-sp.html" target="_blank">Agência autoriza aumento de 13,8% nas contas de água da Sabesp</a><br />
<br />
<a href="http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2015/04/prejuizo-da-petrobras-e-o-maior-desde-1986-entre-empresas-de-capital-aberto.html" target="_blank">Prejuízo da Petrobras é o maior desde 1986 entre empresas de capital aberto</a><br />
<br />
<a href="http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/04/brasil-passa-por-mais-grave-retracao-em-mais-de-20-anos-diz-fmi.html" target="_blank">Brasil passa por 'mais grave' retração em mais de 20 anos, diz FMI</a><br />
<br />
<a href="http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/05/1624675-15-milhao-entram-na-lista-de-inadimplentes-em-3-meses.shtml" target="_blank">1,5 milhão entra na lista de inadimplentes em 3 meses1,5 milhão entra na lista de inadimplentes em 3 meses</a><br />
<br />
<a href="http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2015/06/endividamento-das-familias-chega-463-o-maior-em-10-anos-mostra-bc.html">Endividamento das famílias chega a 46,3%, o maior em 10 anos, mostra BC</a><br />
<br />
<a href="http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/06/abismo-entre-ricos-e-pobres-esta-no-pior-nivel-em-decadas-aponta-fmi.html">Abismo entre ricos e pobres está no pior nível em décadas, aponta FMI</a><br />
<br /></div>
Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-20562665407454325302014-07-29T15:40:00.001-03:002014-07-29T15:40:14.741-03:00Compras de software no Setor Público: direito de atualização vs direito de nova versão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.battlefieldsports.com/upload/images/newrelease.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.battlefieldsports.com/upload/images/newrelease.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Muito se tem discutido, especialmente no Setor Público,
sobre direito de atualização de software. A coisa acontece mais ou menos assim.
Um órgão do governo publica um edital de licitação para comprar "n" licenças de
um dado software. Insere-se no contrato uma cláusula obrigando a contratada a
fornecer suporte e eventuais atualizações de software que porventura venham a
ser disponibilizadas. O fabricante lança uma nova versão do produto, com as
mesmas funcionalidades da versão anterior e algo mais. O órgão público solicita
a nova versão. O fornecedor informa que não se trata de uma atualização e sim
de um novo produto. O órgão discorda e entra na justiça para obter o que acha que tem
direito. E o imbróglio está formado. Afinal, o órgão tem ou não direito à nova
versão? O quê é uma atualização de software?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Essa não é apenas uma questão técnica. É também jurídica.
Depende não apenas das peculiaridades técnicas da nova versão solicitada, mas
também do texto contratual. Infelizmente, não encontrei sequer um parecer ou
artigo jurídico sobre o assunto. Mas independentemente disso, quero fomentar
aqui uma discussão em torno do bom senso.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em primeiro lugar, acredito que suporte e atualização de
software são coisas bem diferentes e que não deveriam estar misturadas. Uma
coisa é prover suporte para algo já conhecido. Outra coisa completamente
diferente é garantir a entrega de uma atualização que nem sequer ainda existe e
sabe-se lá se vai existir algum dia. Trata-se de algo imprevisível que
compromete a precificação do contrato. Na melhor das hipóteses, o fornecer vai
cobrar um adicional por essa imprevisibilidade e isso aumenta
desnecessariamente o custo do contrato para ambas as partes. Acho que um
contrato no máximo deve prever suporte e garantia de funcionamento para as
funcionalidades declaradas explicitamente no edital.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em segundo lugar, acho que os órgãos públicos estão
confundindo “atualização de software” com “versão de software”. A confusão
procede, pois em geral um software atualizado pelo fabricante gera uma nova
versão. Até aí tudo bem. Ocorre que, se o fabricante passar a oferecer uma nova
versão em substituição à antiga, incluindo novas funcionalidades ou talvez as
mesmas só que de uma forma diferente, trata-se de um outro produto e não há
mais que se falar em “atualização”. Desculpa aí, Governo, mas o fabricante não
é obrigado a fornecer um produto X se você comprou Y. E se tal cláusula existe
no contrato, para mim ela é abusiva, economicamente inexequível e nula por si
só. É como se comprássemos um carro modelo 2014 e o fabricante fosse obrigado a
substituí-lo pelo modelo 2015 assim que fosse lançado. Uma coisa é a fabricante
honrar a garantia do veículo ou então promover um recall para corrigir um
problema com potencial de comprometer o uso previsto do carro. Isso é um
direito do consumidor. Atualização de software deveria ser apenas aquelas melhorias ou correção de bugs (patches) que eventualmente são disponibilizadas livremente pelo fabricante sem custo adicional para aqueles que já possuem uma licença.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Recentemente tomei conhecimento de um órgão do Governo que
havia adquirido centenas de licenças de produtos da suíte Adobe CS e cujo
contrato de fornecimento previa atualizações durante certo período. Ocorre que
durante esse período a Adobe lançou uma nova linha de produtos chamada Adobe CC
(Creative Cloud) e aquele órgão público exigiu a atualização, sob pena de
anular o contrato e solicitar a devolução de todos os valores pagos – um grande
equívoco e absurdo em minha opinião. Mesmo que exista uma cláusula para isso,
ela é nula por si só, pois é abusiva e fere o equilíbrio financeiro dos lados que assinaram o contrato.
E, pasme, o órgão público fez tudo isso mesmo sabendo que o esquema de
licenciamento da Adobe CC era subscrição e o anterior, licença de uso perpétua.
Acho que faltou bom senso desse órgão público, por mais que o fornecedor tenha
sido ingênuo em assinar um contrato com uma cláusula tão abusiva (se é que ela
existe).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Atitudes como essa são na verdade um tiro no próprio pé do
Setor Público. Pode haver uma evasão de participantes nas próximas licitações
ou o preço pode aumentar muito: desnecessariamente!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-48362364834491964522013-01-15T18:32:00.001-02:002013-01-16T17:45:03.927-02:00Modelagem de processos utilizando BPMN: Use as pools da forma correta [a seu favor]<div style="text-align: justify;">
Eu gostaria de ter mais tempo para escrever sobre isso. Mas o tempo urge e ultimamente tenho recebido muitas dúvidas sobre isso.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Se você se questiona se deve ou não utilizar BPMN para representar os seus processos, então pode parar por aqui. Se você continuar a ler este texto, vou inferir que você é daqueles que já entendeu a importância de ter uma notação padrão para representar as coisas, e BPMN, mesmo não sendo perfeita, é o padrão para descrever processos. Caso você deseje aprofundar-se no assunto, sugiro ir direto à especificação da notação, que considero bastante clara. <a href="http://www.omg.org/spec/BPMN/2.0/">No site da OMG ela está livremente disponível</a>. Outro documento muito útil é o <a href="http://www.omg.org/spec/BPMN/20100601/">BPMN 2.0 by Example</a>, também disponível no site da OMG. Existem alguns livros, mas se você está começando não recomendo nenhum.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A grande dúvida de muitos usuários da notação é sobre como e quando utilizar as pools e swimlanes. Vou direto ao ponto. Pool NÃO é para identificar processo. Podemos ter diversas pools em um mesmo diagrama e mesmo assim ali só teremos UM processo. Pool é para identificar participantes. Só lembrando que um participante pode ser um papel ou até mesmo uma unidade organizacional, tal como um departamento. Já o uso da swimlane é livre. Você pode utilizar swimlanes apenas para organizar melhor as atividades de um mesmo participante. Ou pode utilizar swimlanes para representar diferentes participantes dentro de uma mesma unidade organizacional (pool). A questão é quando usar mais de um pool ou usar swimlanes. A resposta é simples. Utilize swimlanes dentro da mesma pool para representar os participantes que REALMENTE fazem parte do processo. Se o participante não faz parte do processo, represente ele em uma pool separada, ou seja, utilizando um diagrama de colaboração. Pode ser um pool black-box, por exemplo. A resposta, como acabamos de ver, é simples. O problema é que a maioria esmagadora das pessoas tem uma enorme dificuldade em perceber quem realmente faz parte do processo e quem não faz [apesar de estarem relacionados].</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Bom, saber quem realmente faz parte do processo não é simples mas é fácil. Os participantes que realmente fazem parte do processo só podem ser de dois tipos. O primeiro tipo são aqueles que executam atividades nas quais se produz alguma saída que será utilizada em outra atividade do processo, ou no próprio encerramento (no caso de produtos finais), ou que vai servir de insumo (entrada) para a transformação que será realizada em outra atividade posterior. O segundo tipo são aqueles participantes que executam atividades de transformação, com base em insumos recebidos de uma atividade anterior, mas cuja saída não necessariamente vai ser usada como insumo em uma atividade posterior (no caso de subprodutos, ou produtos não principais). Se o participante não executa nenhuma atividade de transformação baseada em um insumo recebido, nem é responsável pela produção de algo que servirá insumo para uma atividade seguinte, então ele NÃO participa realmente do processo. Esse participante pode até ter algum tipo de relação (colaboração) com o processo, mas ele definitivamente não contribui de forma significativa para o produto final DAQUELE processo. É o que podemos chamar para fins didáticos de "participante coadjuvante". É como se aquele participante apenas "comendo pelas beiradas" do processo.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Um exemplo típico é o processo "Entregar pizza" de uma pizzaria qualquer. Vamos definir as fronteiras deste processo: Ele começa com o pedido do cliente e termina com a pizza entregue. O cliente que pede a pizza, por mais que seja importante para o processo, não é responsável sequer por um grão de farinha de trigo da pizza entregue. Não há nada fornecido pelo cliente que tenha sido LITERALMENTE transformado para fazer parte da pizza finalmente entregue. Você pode até dizer que o dinheiro do cliente foi usado para comprar os ingredientes da pizza. Mas a realidade não é exatamente assim. Note que o processo é instanciado para CADA pedido. E em cada pedido o dinheiro do cliente só é recebido ao final do processo. Logo não há que se falar que o dinheiro dele foi "transformado" na pizza, pois isso de fato não ocorreu naquela instância do processo. Na verdade o dinheiro do cliente foi guardado para ser usado em outro processo, talvez um processo "Realizar compras da pizzaria". Note que o processo nada mais é do que uma representação da vida real (a dificuldade das pessoas é justamente perceber a realidade; bons analistas de processos conseguem perceber bem a realidade). Feitos esses esclarecimentos, a melhor forma de representar o cliente, no caso do processo "Entregar pizza", é em uma pool separada, em um diagrama de colaboração, no qual o cliente interage com os participantes da pool principal apenas por meio de comunicação. Essa é a forma mais adequada de representar o processo. E isso tem que ser assim para o seu próprio bem. Ao incluir o cliente como participante REAL do processo, você perceberá que terá que fazer uma série de gambiarras na notação para representar corretamente o processo. Vão aparecer gateways, inícios e fins desnecessários. O artifício da comunicação, muito bem previsto pela notação, nos ajuda justamente a representar o processo como eles realmente são, de forma simples, muitas vezes apenas utilizando simples comunicação entre participantes de diferentes pools. Simples assim. O processo é um só, mas colocar o participante em uma pool diferente significa dizer que o papel dele, DO PONTO DE VISTA DAQUELE PROCESSO, é assessório, ou seja, ele é um participante coadjuvante. Eu poderia dar aqui mil e um exemplos desse tipo de situação. É claro que se você estiver modelando um processo chamado "Fazer-tudo-dentro-da-organização-e-mais-um-pouco", praticamente todos os seus participantes estarão na mesma pool (garanto que você terá problemas com fornecedores e clientes). Mas não é esse o caso quando trabalhamos com modelagem de processos dentro de uma organização. Geralmente os processos são modelados um a um. Até porque, em uma empresa, várias coisas acontecem ao mesmo tempo e, portanto, deve ser possível instanciar diversos processos ao mesmo. E foco em um processo é vital para a correta modelagem.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Vale ressaltar que, apesar do que eu acabei de dizer aqui, não existe certo ou errado desde que você esteja utilizando corretamente a notação. Então, se você prefere inserir um participante coadjuvante dentro da pool principal, a decisão é sua. Mas você vai perceber que não é a forma mais adequada e que o diagrama vai ficar muito mais complexo (para não dizer sujo). Linha e seta é para representar movimentação de entradas e saídas entre atividades interdependentes. Comunicação precisa ser representada pela notação de comunicação (ora bolas, é para isso que ela serve), ou seja, a linha tracejada [e seta] (fluxo de mensagens, não de insumos reais que serão transformadas naquele processo em foco). Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Processo é uma sequência de atividades para transformar entradas em saídas. O objetivo de todo processo são as saídas finais (aquelas que não são mais transformadas). Se qualquer participante não colabora de forma direta para esse objetivo (nem que seja com um "grão de farinha"), então ele NÃO faz parte realmente do processo. Coloque-o onde ele realmente merece: OUTRA POOL!</div>
Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-41988541975574187382012-12-15T18:35:00.000-02:002015-11-20T14:48:36.457-02:00Dicas para alugar um apartamento<div style="text-align: justify;">
Como o mundo da gestão de TI não teve muitas novidades recentemente, vou mais uma vez fugir ao tema do blog para passar algumas dicas sobre aluguel de apartamento.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O mercado imobiliário teve um <i>boom </i>recentemente e neste exato momento estamos percebendo uma retração nos preços. Para quem investiu em imóveis, isso é uma péssima notícia. Para quem procura imóvel para alugar, nem tanto. Na verdade, a oferta de imóveis para aluguel cresceu muito, pois muitos investidores não estão conseguindo vender seus imóveis devido ao alto preço e agora tentam alugá-los. Devido ao alto preço dos imóveis, a procura por aluguel pode aumentar um pouco. Alias, esse é o um dos sinais da bolha imobiliária. Muitos estão preferindo alugar ao invés de comprar. Apesar disso, a oferta de imóveis para alugar ainda está grande por causa dos recentes lançamentos e, por isso, ainda há margem para negociações. Assim, a melhor coisa a fazer é procurar com calma e negociar. Como a oferta está grande, é uma oportunidade de alugar um apartamento novo ou reformado com bom preço. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Encontrar um bom apartamento não é tarefa fácil. Há diversos fatores a se analisar e isso, obviamente, tem reflexos no valor do aluguel. Os pontos a seguir são os que eu considero essenciais.</div>
<br />
<b>Posição do apartamento</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
A posição do apartamento em relação ao edifício e à vizinhança é determinante para o conforto de quem vai morar. Em prédios altos, sugiro procurar um andar acima do 4º. Quanto mais alto o apartamento, em geral mais silencioso ele é, e menos quente também. Um apartamento de andar alto também vai ser menos frequentado por insetos. Isso não significa que sempre quanto mais alto melhor. Se o andar for muito alto, em caso de falta de energia, você terá problemas para subir e descer a escada. Assim é bom verificar se na sua região é comum faltar energia. Também mais tempo você vai perder diariamente subindo e descendo os elevadores. Evite também o último andar. Em geral o derradeiro andar é muito mais quente por causa do calor da laje, que fica exposta o dia inteiro ao sol. Isso sem falar no risco de infiltrações. Se o apartamento for colado no fosso do elevador, além do barulho normal do abre e fecha das portas e das pessoas conversando enquanto esperam o elevador, você vai sofrer com o barulho do motor (que fica em cima do último andar) e dos freios do elevador.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Além da altura, é preciso verificar também para que lado as janelas são viradas. Em geral as pessoas preferem os quartos virados para o nascente, ou seja, para o leste. Sinceramente, prefiro os quartos virados para o sul ou para o norte, pois eles não pegam sol em nenhum horário do dia. Com o aquecimento global, dependendo da sua região, o quarto virado para o nascente já estará com um calor insuportável a partir das 7 horas da manhã. Se você é alguém que precisa [de vez em quando] dormir até mais tarde, isso pode ser um problema. Por isso, recomendo quartos virados para o sul ou para o norte. Com a invenção da luz elétrica, não temos mais que nos preocupar com iluminação natural.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Talvez mais importante do que a posição em relação ao sol, é a posição em relação à rua. Apartamentos virados para pistas movimentadas, ou comércios barulhentos, são terríveis. Quando as janelas são viradas para uma pista movimentada, não importa a altura do apartamento, o som dos carros vai refletir no asfalto e chegar até o seu apartamento mesmo que ele esteja em um andar bem alto. Mesmo às vezes prejudicando a vista da janela, eu prefiro imóveis virados para os fundos ou, dependendo do condomínio, para dentro do mesmo. Mas cuidado com as áreas comuns. Imóveis virados para a piscina, churrasqueira ou salão de festas, também sofrem com o barulho de convidados e crianças.</div>
<br />
<b>Localização</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Localização é algo básico. Mas vale lembrar a importância de ter alguns serviços essenciais por perto, como padaria, farmácia, mercado e, quem sabe, verdurão. Também sugiro verificar se o imóvel fica perto de um ponto de ônibus e se a região é bem servida pelos serviços de transporte coletivo. Certa vez morei em um bairro bem localizado aqui em Brasília (que por sinal tem um péssimo serviço de transporte coletivo) e só depois percebi que o ponto de ônibus ficava a cerca de 2 KM de distância. Sofria a faxineira e sofria eu quando ficava sem carro.</div>
<br />
<b>Projeto</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Os projetos de apartamentos mais novos são todos muito parecidos. Assim, não há muito o que se falar sobre o projeto. Mas recomendo olhar alguns detalhes a seguir.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O primeiro é a largura das portas. Verifique se a largura das portas vai permitir que você faça a mudanças dos móveis que já possui. Alguns apartamentos novos, por exemplo, estão vindo com portas e corredores muito estreitos. Isso vai te dar dor de cabeça na hora da mudança. São comuns os casos em que é necessário remover a porta, às vezes até os portais da mesma, para passar uma máquina de lavar, geladeira ou sofá.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Outro detalhe muito importante são as paredes e a posição das colunas. Estou cansado de ver projetos de sala, por exemplo, com colunas bem no meio da parede onde supostamente ficaria um sofá (ou uma cama no caso dos quartos). Nesses casos a parede perde a continuidade e um sofá ali vai provocar um vão entre as costas do sofá e a parede. Também verifique se é possível colocar uma televisão em frente ao sofá. Projetos recentes estão forçando os moradores a colocar uma televisão deslocada à direita (ou à esquerda) por causa da porta da cozinha. Isso vai te dar torcicolo. Se a cozinha for do tipo americana, pior ainda, porque você vai ficar sem parede para pôr a televisão.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Fique atento também às janelas. Janela nem sempre é bem vinda, pois limita as possibilidades de posicionar um móvel. Acho um absurdo aquelas janelas que começam praticamente no chão. Fica difícil colocar uma escrivaninha ou às vezes até uma cama. Prefira janelas padrão, que comecem mais altas. Facilita na hora de posicionar os móveis e colocar cortinas. É melhor até para a sua privacidade.</div>
<br />
<b>Armários</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Armários na cozinha e nos quartos é algo essencial. Não entendo esses proprietários que insistem em colocar para alugar apartamentos sem esses armários. Se depender de mim, vão ficar com o imóvel fechado o resto da vida. Colocar os armários essenciais é bom para todos. É bom para o proprietário que, além de facilitar o aluguel, vai evitar que o inquilino danifique as paredes colocando um armário qualquer. Transporte de móveis pesados, como guarda-roupas por exemplo, também pode danificar o piso. É bom para o inquilino, pois se ele colocar os armários por conta própria, quem garante que eles vão servir em outro imóvel?</div>
<br />
Espero que essas dicas sejam úteis a você.Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-24708615014767228502011-09-30T05:00:00.000-03:002011-09-30T05:00:09.694-03:00TI: O coração de cada empresa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://galeon.com/tokioalexandra/cir.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://galeon.com/tokioalexandra/cir.jpg" width="128" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Em um <a href="http://blogdosamueldiniz.blogspot.com/2010/11/ti-e-ou-nao-uma-area-estrategica.html">artigo anterior</a>, defendi a importância das organizações considerarem a área de TI como sendo estratégica e as implicações disso. Gostaria de trazer agora mais argumentos que deixam claro que a TI hoje é imprescindível para praticamente toda empresa.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
As organizações são frequentemente comparadas a organismos vivos. Em um organizmo vivo, os órgãos trabalham em conjunto para a sobrevivência do ser. Entretanto, alguns órgãos são mais importantes do que outros. Pense no corpo humano, por exemplo. Pode-se abrir mão do baço, mas o mesmo não pode ser feito com o coração. Outro elemento vital para o corpo humano é o sangue. Nas organizações, podemos dizer que o sangue que corre em suas veias é informação. Sem um fluxo constante de informação a empresa morre.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Nos dias de hoje, quem é responsável por manter esse fluxo de informação? No corpo humano é o coração. Nas organizações é a tecnologia. Seja por meio de uma rede de dados, seja por meio da página impressa, lá está a tecnologia. Chegamos à conclusão de que o coração de uma empresa é a área de tecnologia. É ou não um órgão vital?</div>
Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-13979566238155407242011-09-06T13:17:00.000-03:002012-11-28T16:15:14.457-02:00Faça compras na Internet com segurança<div style="text-align: justify;">
Fazer compras na Internet está se tornando cada vez mais comum. As lojas e mercados na Internet têm atraído mais e mais usuários não só por causa dos preços baixos, mas também pela facilidade e conveniência. A grande vantagem de comprar pela Internet é a possibilidade de pesquisar sobre um produto em dezenas de lojas e mercados em alguns poucos minutos e sem sair de casa. E você ainda evita gastar combustível, pegar trânsito, se estressar com estacionamento e outras coisas mais.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
É claro que nem tudo são flores. Pela Internet, você não pode ver o produto de perto, pegar nele, enfim, ter certeza que é aquilo mesmo que você procura. Mas muitas lojas na Internet já perceberam esse problema e agora oferecem recursos para suprir essa necessidade pelo menos em parte. Imagens melhores, visualizações interativas em 3D, avaliações de clientes, descrições detalhadas, são formas de ajudar os clientes na hora de decidir comprar ou não um produto.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Apesar de todas essas vantagens, algumas pessoas ainda têm receio de comprar na Internet. Muitas ficam preocupadas se de fato receberão o produto. Outros talvez fiquem desconfiados em fornecer dados pessoais e números de cartão de crédito. Se você está preocupado com essas coisas, este artigo é para você! Vamos ver agora algumas dicas para fazer compras na Internet com mais segurança.</div>
<br />
<b>O essencial</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Quando o assunto é comprar pela Internet com segurança, quatro aspectos são essenciais: (1) a segurança do seu computar, (2) a conexão que você está usando, (3) a escolha da loja ou vendedor e (4) os procedimentos de pagamento. Existem outros aspectos a se considerar, mas esses quatros são essenciais em minha opinião. Vamos falar mais um pouquinho sobre cada um deles.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Proteger o seu computar é o primeiro passo para fazer compras na Internet com segurança. Se o seu computador estiver contaminado com algum vírus ou outra ameaça, os seus dados pessoais, inclusive do cartão de crédito, podem parar nas mãos de criminosos. Para evitar que isso ocorra, certifique-se que o seu computador possui <u>antivírus</u> e que ele está sempre atualizado. Outra medida importante é instalar as atualizações de segurança do seu sistema operacional e do navegador Internet – isso geralmente é automático. Além disso, verifique se o seu computador já tem um programa de firewall pessoal – alguns sistemas operacionais já incluem um programa assim. Um firewall pessoal basicamente protege o seu computador de conexões não autorizadas, dificultando o vazamento de dados pessoais através de programas maliciosos.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Outro aspecto tem a ver com a conexão com a Internet que você está utilizando. Ela vai indicar se os seus dados pessoais estarão vulneráveis a terceiros. Para ilustrar, imagine que você esteja abastecendo o carro em um posto de gasolina. Se no momento de digitar a senha do cartão alguém estiver do seu lado, a sua senha pode parar em mãos erradas. Similarmente, se na hora de comprar você utilizar uma conexão não segura, os seus dados pessoais podem parar na mão de alguém que esteja “olhando” essa conexão. Assim, é essencial <u>evitar</u> fazer compras na Internet utilizando conexões públicas, tais como aquelas disponíveis em cafés, restaurantes, shoppings e aeroportos. Se estiver em casa utilizando a sua <a href="http://windows.microsoft.com/pt-BR/windows7/Set-up-a-security-key-for-a-wireless-network">rede sem fio</a>, verifique se a conexão está configurada para utilizar <u>criptografia</u>.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A escolha da loja ou vendedor é outro aspecto crucial. Você compraria um celular de um vendedor ambulante que você por acaso encontrou na rua? Imagino que não. Da mesma forma, não podemos comprar de qualquer vendedor ou loja que aparece na Internet. A escolha da loja ou do vendedor vai determinar a nossa confiança em relação a quatro coisas: (1) a qualidade do produto, (2) o compromisso com a entrega, (3) a forma como os seus dados pessoais serão tratados e (4) a forma como eventuais problemas serão resolvidos. Assim, prefira comprar em sites conhecidos e com boa <u>reputação</u>. Alguns sites de pesquisa de preços, como o <a href="http://www.buscape.com.br/">Buscapé</a>, informam a reputação da loja. No caso dos mercados virtuais, como o <a href="http://www.mercadolivre.com.br/">MercadoLivre</a>, também é possível verificar a reputação de cada vendedor. É possível também verificar a reputação de sites por meio de buscas no <a href="http://www.google.com.br/">Google</a>. Pesquisas usando o “nome da loja/vendedor” seguido de termos como “problema” ou “reclamação” podem auxiliar na investigação. O site <a href="http://www.reclameaqui.com.br/">ReclameAqui</a> também fornece uma classificação da reputação de alguns sites e até de lojas físicas. <b><span style="color: red;">Atualização</span></b>: O Procon de São Paulo divulgou uma <a href="http://www.procon.sp.gov.br/pdf/acs_sitenaorecomendados.pdf">lista negra de sites de comércio eletrônico</a>.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Por último, mas não menos essencial, existe a questão sobre qual procedimento de pagamento é mais seguro. A regra é simples: quanto menos dados você precisar informar, melhor. Evite digitar informações de cartão de crédito em formulários na própria página da loja. Digitar essas informações é perigoso porque você não tem como saber como aqueles dados serão guardados e utilizados. Nessas situações, é melhor optar pelo boleto bancário. Algumas lojas até dão descontos para esse tipo de pagamento. E se você prefere utilizar o cartão de crédito, dê preferência a sites que redirecionam o pagamento para uma página do seu banco ou da operadora do seu cartão. Alguns sites, por exemplo, após a confirmação da compra, redirecionam os usuários para uma página da própria Visa ou Mastercard. Utilizar os chamados concentradores de pagamento, como o <a href="https://www.paypal.com/">PayPal</a>, <a href="https://pagseguro.uol.com.br/">PagSeguro</a> e <a href="http://www.mercadopago.com.br/">MercadoPago</a>, também é mais seguro do que fornecer dados para uma loja qualquer na Internet.</div>
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<b>Evitando problemas com o cartão de crédito</b><br />
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<div style="text-align: justify;">
Como já foi dito, é interessante minimizar ao máximo a divulgação dos seus dados de cartão de crédito. Fazer isso já vai te poupar muita dor de cabeça. Mas se você precisou fornecer os dados do seu cartão de crédito para alguma loja na Internet, é interessante <u>trocar o número</u> do cartão. Simplesmente destrua o seu cartão e peça um novo para a sua operadora. Se você compra na Internet com frequência, recomendo fazer isso semestralmente. Consulte a sua operadora sobre a cobrança de taxas e prazos para a emissão de um novo cartão. O custo de um novo cartão não é quase nada comparado com a dor de cabeça que você pode ter se seus dados pararem em mãos erradas.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
E se você não costuma utilizar o seu cartão de crédito em lojas do exterior, recomenda-se <u>desabilitar</u> a utilização internacional do cartão. Isso é feito por meio da operadora. Após habilitá-la, desabilite novamente assim que efetivar uma dada compra.</div>
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<b>Prepare-se para resolver conflitos</b><br />
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<div style="text-align: justify;">
A vida na Internet não é perfeita, e conflitos podem surgir. Talvez você receba um produto diferente do que escolheu. Pode acontecer também de você ter se baseado em alguma informação errada e comprar algo que na verdade não é o que você procurava. Para se resguardar, é importante ter uma cópia de todas as informações disponíveis no site da loja. Mas não pense que imprimir a página vai adiantar muita coisa. A página impressa, nesses casos, não serve de prova (esse entendimento reforma o que publiquei em um <a href="http://blogdosamueldiniz.blogspot.com/2009/12/como-comprar-na-internet-com-seguranca.html">artigo</a> anterior). Se a compra foi pela Internet, de forma eletrônica, a prova também precisa ser eletrônica. Assim, ao invés de imprimir a página do produto, salve a página no seu computador. Na maioria dos navegadores você pode fazer isso clicando em Arquivo > Salvar como. Outra opção é fazer uma ata notarial em cartório, mas este é um procedimento trabalhoso e dispendioso.</div>
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<b>Conclusão</b><br />
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<div style="text-align: justify;">
Comprar na Internet não é um mar de rosas, mas com alguns cuidados é possível aproveitar muitas ofertas. Essas preocupações com segurança podem parecer algo muito difícil, porém com o tempo elas vão passar a fazer parte do seu dia a dia. Cuide bem dos seus dados pessoais e saiba escolher onde comprar. No mais, deixe a tecnologia atuar a seu favor. E boas compras!</div>
<br />Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-11883426942498018662010-11-03T10:37:00.001-02:002012-11-28T16:20:33.718-02:00TI é ou não uma área estratégica?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://colunistas.ig.com.br/blogdoseunegocio/files/2010/07/Organograma2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="http://colunistas.ig.com.br/blogdoseunegocio/files/2010/07/Organograma2.png" width="320" /></a></div>
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A rede de lojas Americanas, a montadora de carros Fiat e o Tribunal Superior Eleitoral: O que essas três organizações têm em comum? Todas elas dependem da TI para entregar seus negócios. Em outras palavras, hoje, sem TI, elas provavelmente não existiriam como as conhecemos. Essa verdade, de que a maioria das empresas hoje dependem fortemente de TI, nos leva a duas perguntas fundamentais: Afinal, TI é ou não uma área estratégica e, se for, o que isso realmente implica? </div>
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<div style="text-align: justify;">
Os administradores em geral confundem "área estratégica" com "área fim" e isso os tem levado a cometer erros no posicionamento de TI dentro da organização. Traduzindo em português simples, área fim é aquela ligada diretamente ao seu negócio e área estratégica é aquela imprescindível para a entrega do negócio. Consegue perceber que na prática haverá uma grande sobreposição de conceitos? Por exemplo, podemos afirmar que toda área fim é estratégica. Mas o problema é que muitos administradores acham que só é estratégica aquela área que é fim. E daí relegam a TI para segundo plano e esquecem de ouvi-la antes de tomarem decisões importantes. Se a sua empresa <u>não</u> consegue entregar o negócio sem a ajuda da TI, então esta é uma área estratégica <u>sim</u>! E vamos combinar: Isso já ocorre na grande maioria das empresas. Mas o que significa considerar a TI como sendo estratégica? Significa basicamente três coisas. </div>
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<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<b>Primeiro</b>, significa que a TI <u>não vai estar subordinada a nenhuma área fim específica</u>, muito menos a uma área não fim. Fico horrorizado às vezes de ver áreas de TI inteiras subordinadas ao departamento administrativo, que nem fim é. Como uma organização assim quer que a TI contribua para o seu negócio? Nessa posição, a TI vai acabar fadada a cuidar da folha de pagamento e sistemas de gestão empresarial. O lugar da área de TI é no topo, ou ligada diretamente ao CEO, ou com a sua própria vice-presidência ou gerência, dependendo da terminologia adotada (veja o organograma acima).<br />
<br />
<b>Segundo</b>, se a área de TI é estratégica, então ele deve ter voto ativo na definição do orçamento. E dependendo do ramo da organização, como por exemplo o financeiro, a TI pode consumir a maior parte do orçamento. É o que justamente ocorre nos bancos.<br />
<br />
<b>Terceiro</b>, considerar a TI estratégica envolve participá-la de todas as decisões da empresa. Em outras palavras, o CIO deve ter acento fixo e direito a voto nas reuniões do comitê estratégico ou similar.</div>
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<div style="text-align: justify;">
Bom, espero que este artigo tenha ajudado a ver as implicações práticas de considerar a área de TI estratégica. E na sua empresa? Como isso funciona? Participe postando abaixo o seu comentário!<br />
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Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-89784742169098880562010-10-27T17:54:00.002-02:002010-10-27T21:19:39.877-02:00ITIL na prática: É possível?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJFgUUDwASMXoIDdhjOk9BuwpOCrj6jKPVpo0mFvpIbF77WvKTpTn9pGWxEXQN4X71mnSMYqfoON8S4_lmVAhDPfh52XzQ-WlTsz7RMO2uw2D11i3k-a0hOOpzGrI9FmMbusLTgpOkkOM/s320/rts-itil001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJFgUUDwASMXoIDdhjOk9BuwpOCrj6jKPVpo0mFvpIbF77WvKTpTn9pGWxEXQN4X71mnSMYqfoON8S4_lmVAhDPfh52XzQ-WlTsz7RMO2uw2D11i3k-a0hOOpzGrI9FmMbusLTgpOkkOM/s320/rts-itil001.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;">Já passei por duas grandes empresas que tentaram implementar ITIL e não conseguiram. Também passo boa parte do meu tempo livre pesquisando grupos de discussão e trocando e-mails com pessoas da área. Na minha opinião, geralmente as discussões giram em torno de teorias e muita abstração. É raríssimo encontrar informações práticas. Tudo é muito filosófico.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Essa experiência me faz perguntar se realmente é possível implementar o ITIL. O que tinha que ser um livro de boas práticas, na verdade, é um livro de boas teorias, que de prático não tem nada. Tanto é que raramente se fala de ferramentas, nem todos os papéis estão definidos, a sequência da maioria das atividades não é clara e, para deixar tudo ainda mais teórico, as interfaces entre os processos mais parecem um quebra-cabeça. Me pergunto também se as empresas que dizem ter implementado o ITIL realmente o fizeram, já que não existe certificação. A pergunta que parece que ninguém tem coragem de fazer é: Será que o ITIL é viável?</div><div style="text-align: justify;"><br />
Não estou me referindo a apenas um ou outro processo. Estou me referindo a todos. Tudo parece ser muito simples quando falamos de gerenciamento de incidentes, problemas e mudanças -- afinal, muitos centros de informática já fazem isso a anos de forma instintiva. A função da central de serviços também é algo simples de implementar: olha o helpdesk aí melhorado. Mas a coisa complica definitivamente quando o assunto é gerenciamento de configuração! Ainda mais complicado são as interfaces dela com os demais processos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Acho elogiável a iniciativa de alguns grupos de discussão e até sites dedicados a ver o ITIL de forma prática. Mas, sinceramente, eles ainda não conseguiram. E, na minha opinião, todas essas iniciativas, inclusive o próprio livro do ITIL pecam nos seguintes pontos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Primeiro, os papéis não estão bem definidos. Entenda que definir um papel não é só dar um nome para ele e dizer quais são as suas responsabilidades. As empresas querem saber quem vai exercer aquele papel, quantas pessoas devem ser, a quais estruturas da organização essas pessoas devem pertencer e, mais importante, em quais atividades elas vão atuar fornecendo exatamente que tipo de informação. Em outras palavras, essas pessoas serão responsáveis por quais entradas do processo? E exatamente quando elas vão ter que fornecer essas entradas?</div><div style="text-align: justify;"><br />
Outro problema nas abordagens do ITIL que vejo por aí é aquela velha frase "você precisa escolher uma ferramenta que melhor se adapte à realidade da sua empresa". Isso é verdade, eu tenho que admitir. Mas concorda que é muito fácil dizer isso toda vez que alguém te pergunta qual ferramenta usar? Ou melhor, será que não poderíamos pelo menos dizer quais funcionalidades essa suposta ferramenta deveria ter? Vou mais além ainda. As pessoas querem saber como as ferramentas se integram ao processo. Em outras palavras, o desenho do processo deve prever em cada atividade os formulários utilizados para o fornecimento das entradas. Afinal, quando utilizamos uma ferramenta, os formulários preenchidos representam os próprios artefatos utilizados no processo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Vou citar só mais um problema. Os textos que abordam ITIL são muito abstratos e raramente incluem exemplos ou estudos de caso para ajudar as pessoas a visualizarem a execução dos processos no dia a dia. O próprio livro do ITIL, na minha opinião, deveria fornecer um estudo de caso bem abrangente com o cotidiano de um centro de informática qualquer que demonstrasse na prática a aplicação da teoria. Os melhores livros de programação já fazem isso. Por que não fazer isso também para livros sobre processos?</div><div style="text-align: justify;"><br />
E os problemas não param por aqui. Ainda existem uma avalanche deles, como a não definição da integração com outros modelos de processos. Os próprios livros ITIL são muito estanques. Existem uns poucos gráficos falando de integração. O livro que fala sobre desenvolvimento de software, por exemplo, é desconhecido da maioria das pessoas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Assumo que é fácil criticar. Mas para propor soluções, primeiro precisamos reconhecer os problemas. Eu mesmo confesso ter sido muito abstrato em todas as vezes que falei de ITIL até agora. Aproveito para convidar aqui todos os blogueiros e escritores sobre o assunto a mudarem para uma abordagem mais prática, orientada a exemplos e estudos de caso. A viabilidade do ITIL pode estar dependendo justamente disso!</div>Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-88575419273458582802010-02-20T17:42:00.006-02:002012-11-28T16:16:47.318-02:00O problema do software legado<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.medusawebsolutions.com/Images/typewriter.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="310" src="http://www.medusawebsolutions.com/Images/typewriter.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fonte: Medusa Web Solutions</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Antes de você pensar em dizer que software legado nem sempre é um problema, vamos esclarecer o quê se está considerando como software legado neste artigo. Segundo Ward e Bennett, no livro Formal Methods for Legacy Systems (1995), software legado pode ser informalmente definido como aquele que executa tarefas úteis para a organização, mas que foi desenvolvido utilizando-se técnicas atualmente consideradas obsoletas. Logo, nem todo software antigo é legado. A palavra legado, neste caso, traz um sentido pejorativo, similar ao adjetivo obsoleto. Em outras palavras, software legado é um software antigo que, apesar de ainda ser utilizado, foi desenvolvido sem preocupação com as boas práticas de desenvolvimento vigentes e, às vezes, utilizando uma plataforma já descontinuada. E isso é necessariamente um problema? Em geral sim, por três razões principais.<br />
<br /></div>
<b>Portabilidade x disponibilidade</b><br />
<b><br /></b>
<div style="text-align: justify;">
A primeira razão é a incompatibilidade com plataformas operacionais mais recentes. E atualizar as plataformas operacionais é uma realidade em qualquer empresa que queira garantir a disponibilidade da solução e os contratos de suporte. Software legado em geral não é portável para novas plataformas e mesmo que seja, geralmente demanda um grande esforço de adaptação. Esse problema não é lá tão impeditivo, ainda mais com as novas tecnologias de virtualização, mas o risco de não funcionar sempre existe e só piora com o tempo.<br />
<br /></div>
<b>Boas práticas x manutenibilidade</b><br />
<b><br /></b>
<div style="text-align: justify;">
A segunda razão está relacionada com o desenvolvimento propriamente dito. Para começar, o legado, em geral, ou não possui documentação, ou, se ela existe, não foi feita de maneira adequada. E sabemos que uma má documentação compromete a manutenção do software. Aliás, todos os problemas envolvendo o legado que veremos aqui compromentem principalmente a manutenção do software. Quanto pior a documentação, mais difícil será a manutenção. Além disso, existe o problema da arquitetura de software. A arquitetura de software legado compromete a manutenção, pois em geral não prima pela modularização e, com isso, aumentam os riscos de uma alteração refletir onde não devia. Isso é muito comum em sistemas concebidos de forma estruturada, mas pode acontecer em plataformas orientadas a objetos também. A falta de modularização é um problema especialmente para a área de testes, que vai ficar sobrerragada com testes de regressão, absolutamente necessários quando se está lidando com um software pouco ou mal modularizado. Como não existem interfaces bem definidas, não há nada que garanta que uma alteração "aqui" não vai afetar um código "ali". Por fim, existe o problema da linguagem de programação, que em geral é ultrapassada. As consequências óbvias são dificuldade em encontrar mão-de-obra qualificada e impedimento para usar ferramentas mais atuais e que poderiam facilitar a manutenção e o desenvolvimento de novos módulos, tais como IDEs mais modernas.<br />
<br /></div>
<b>Usabilidade</b><br />
<b><br /></b>
<div style="text-align: justify;">
A terceira razão é que o software legado em geral apresenta problemas de usabilidade. Usabilidade de software é uma disciplina em constante evolução. As interfaces touch estão aí para provar que usar um software pode ser muito mais fácil do que se imaginava. Imagine quando as interfaces hands free se tornarem comuns! A usabilidade de software têm duas importantes funções. Uma é diminuir a curva de aprendizado, tornando o software mais intuitivo para quem usa e, consequentemente, diminuir custos de treinamento e tempo de retorno e aumentar a satisfação dos clientes. A outra função é aumentar a produtividade. Sofware com boa usabilidade não é só mais fácil de usar, mas também mais rápido. E em geral o legado foi desenvolvido em uma plataforma que impede ou inviabiliza a utilização de interfaces mais evoluidas. Pensou naqueles sistemas com interface de terminal 3270? É isso mesmo! Mas muitos sistemas mais recentes também foram desenvolvidos em uma plataforma ou arquitetura que tolhe a evolução da usabilidade. Vamos falar mais sobre isso no decorrer do artigo.<br />
<br /></div>
<b>Quanto custa manter o legado? </b><br />
<b><br /></b>
<div style="text-align: justify;">
Se você colocar no papel todo o esforço gasto para manter o legado, verá que vale mais a pena substituí-lo por um novo sistema. Vários estudos já demonstraram que isso é verdade, em especial quando se opta por soluções baseadas em SOA, que primam por uma arquitetura de software altamente robusta, escalável e manutenível. Mas, se isso é verdade, por que a maioria das empresas prefere manter o legado? Por quatro motivos principais.<br />
<br /></div>
<b>Por que manter o legado? </b><br />
<b><br /></b>
<div style="text-align: justify;">
O primeiro motivo é erro no cálculo do custo do legado. O cálculo do custo de manutenção do legado em geral é equivocado, pois não leva em conta os riscos envolvidos na sua permanência. Várias empresas estão esquecendo-se de considerar o risco de perda de capital humano e, principalmente, o risco da solução parar de funcionar. Outro erro comum no cálculo é esquecer de considerar o custo de oportunidade de investir em novas tecnologias que oferecem um custo de manutenção menor e têm o potencial de agregar mais valor ao sistema, em especial no aspecto usabilidade.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O segundo motivo é medo. Muitos gerentes de TI têm medo de migrar para novas tecnologias ou por que não confiam na tecnologia ou por que não confiam no seu corpo técnico de pessoal. Qual é o gerente que vai se arriscar a investir em uma nova solução sem a garantia de que ela vai funcionar como a anterior? Minha sugestão é que esses gerentes de TI precisam conhecer melhor as novas tecnologias e tomar medidas para aumentar a sua confiança nas pessoas, tais como promover treinamentos e aprimorar os processos de recrutamento e seleção. As tecnologias de sistemas estão evoluindo para melhor. Dizer o contrário não passa de conservadorismo e desconhecimento do que é novo. Não caia nessa armadilha! Se todos fossem medrosos, ainda estaríamos usando o MSDOS.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O terceiro motivo é ignorância. Como já foi dito no último parágrafo, o medo pode muito bem estar associado com a falta de conhecimento. Assim, o primeiro passo para resolver esse problema é conhecer as novas tecnologias. Estudar sobre novas linguagens, novos servidores de aplicação e novas arquiteturas é vital para tomar uma atitude de acabar com o legado. Investir em treinamento do seu corpo técnico também é importante.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E o quarto é último motivo é incompetência. Vamos ser honestos, existe uma manada de gerentes de TI sem o menor perfil para gerenciar e tomar decisões que envolvam riscos. A maioria dos gerentes de TI atuais eram outrora bons analistas e programadores, que foram promovidos pura e simplesmente por questão de antiguidade. Fazendo assim, as empresas perdem ótimos técnicos e ganham péssimos gerentes. É o que a administração chama de princípio da incompetência máxima. Esses caras não têm as competências gerenciais necessárias para avaliar o custo de manutenção do legado nem para conduzirem um processo de migração. Trata-se, sem dúvida, de um problema difícil de resolver. Como é desejável que esses profissionais tenham um perfil misto de técnico e administrador, as empresas precisam investir em programas para formação de gerentes e treinamento em técnicas de gestão de TI. Empresas com o problema do legado devem capacitar seus gerentes em reengenharia de software, que é a disciplina por detrás de tudo que estamos falando aqui. Isso vai garantir não só que os gerentes tomem uma atitude em relação ao legado como também vai contribuir para uma execução eficaz e eficiente do processo de migração.<br />
<br /></div>
<b>Como resolver o problema?</b><br />
<b><br /></b>
<div style="text-align: justify;">
Vamos considerar que a sua empresa resolveu tomar uma atitude em relação ao legado. E agora? Vamos analisar alguns pontos chaves para resolver o problema do legado.<br />
<br /></div>
<b>O quê significa migrar o software legado?</b><br />
<b><br /></b>
<div style="text-align: justify;">
Antes de iniciar qualquer atividade de reengenharia, é importante entender o quê significa migrar o software legado. Uma migração pode ser parcial ou, em casos mais extremos, total. Por quê? Porque, às vezes, uma migração parcial já é suficiente para evitar aqueles três problemas que consideramos no início do artigo, envolvendo a portabilidade, a manutenibilidade e a usabilidade. Por exemplo, considere um sistema legado desenvolvido em Cobol rodando em uma ambiente operacional de grande porte, como o z/OS. Aparentemente, não há que se falar em problemas de portabilidade, pois os ambientes de grande porte ainda têm vida longa pela frente e Cobol é a linguagem apropriada para esse cenário. Mas talvez a arquitetura de um sistema assim seja pouco modularizada e a interface de usuário esteja funcionando em modo terminal. O que pode ser feito? Uma migração parcial, ajustando a arquitetura de sofware, e uma nova interface já poderiam resolver o problema do legado sem mecher no núcleo do sistema. Nesse mesmo cenário, a aquisição de algumas ferramentas de apoio ao desenvolvimento também poderiam contribuir para a melhoria do processo de desenvolvimento. Já existem algumas soluções que permitem que se desenvolva para grande porte utilizando o Eclipse, por exemplo, com todas as facilidades que essa IDE pode oferecer. Ainda nesse cenário, a arquitetura de software poderia aos pouco ser modularizada, com um esquema que primasse pela coesão. Quem conhece Cobol sabe que isso pode ser feito com a utilização de subprogramas e parameters. As parameters podem funcionar como verdadeiros contratos entre os subprogramas, tal como ocorre com as interfaces Java. Portanto, migrar o software legado nem sempre significa jogá-lo todo fora e, seja como for, tudo pode ser feito de forma gradual como veremos a seguir.<br />
<br /></div>
<b>Faça o novo software de forma realmente nova</b><br />
<b><br /></b>
<div style="text-align: justify;">
Infelizmente, muitas empresas baseiam os novos software em software antigo. Fazendo assim, elas estão se tornando verdadeiras fábricas de software legado. Por isso, para resolver o problema do legado, o primeiro passo é parar de produzir software legado. Parece óbvio, mas muitas empresas acabam perpetuando o legado por não tomarem esse primeiro passo. Levante a arquitetura de software do seu sistema e mapeie os componentes. Garanta que o quê for desenvolvido seja realmente novo. Durante um tempo, o legado e o novo vão ter que conviver juntos, talvez até em uma plataforma híbrida. Isso pode parecer complexo em um primeiro instante, mas vai mitigar os riscos envolvendo o legado e facilitar uma eventual migração total do legado no futuro.<br />
<br /></div>
<b>Mapeie os sistemas e defina um cronograma de migração</b><br />
<b><br /></b>
<div style="text-align: justify;">
O próximo passo para acabar com o problema do legado é mapear os sistemas e definir um cronograma de migração. Sistemas com um maior índice de manutenção tendem a crescer mais rápido. Por isso, esses são os sistemas que devem ser priorizados em qualquer cronograma de migração. Comece com aqueles sistemas que demandam mais alterações. Deixe os sistemas mais críticos por último para que você possa amadurecer o seu processo de migração.<br />
<br /></div>
<b>Cuidado com as interfaces de usuário</b><br />
<b><br /></b>
<div style="text-align: justify;">
Muito cuidado quando pensar em migrar as interfaces de usuário de um sistema legado. Antes de qualquer coisa, garanta o apoio dos gestores e usuários do sistema. Se não, você corre o risco de desenvolver um sistema inteiramente novo e ter que continuar usando o velho só por que o cliente prefere as antigas telas. Marque uma reunião e apresente os problemas do legado, os riscos para a disponibilidade do sistema e mostre quais benefícios as novas interfaces trarão. Se o cliente não se convencer, tenha o cuidado de registrar tudo, pois se amanhã ou depois a disponibilidade do sistema pipocar você terá condições de se eximir da culpa.<br />
<br /></div>
<b>Conclusão</b><br />
<b><br /></b>
<div style="text-align: justify;">
Esse é um tema vasto e muito mais poderia ser dito. Existem livros inteiros sobre o assunto. Mas os pontos apresentados aqui podem contribuir para acabar com o problema do legado. E você? O que pensa sobre o legado? Acha que a reengenharia vale a pena? Como a empresa onde você trabalha está tratando desse assunto? Participe com seus comentários. Até a próxima semana.<br />
<br /></div>
Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-78041184130479597382010-01-18T13:36:00.002-02:002010-01-18T17:17:45.063-02:00Dicas para economizar com TI em casa<div style="text-align: justify;">Em época de aperto financeiro, aqui vão algumas dicas para economizar com TI em casa e evitar que ela se torne um problema ao invés de ajudar o seu dia-a-dia.<br />
</div><b>Mude o celular para pré-pago</b><br />
<div style="text-align: justify;">Antes do celular, a maioria das pessoas não sentia a menor falta dessa tecnologia. É claro que o celular facilitou muito a comunicação. Isso sem falar nos aparelhos, que trouxeram funções muito úteis para o nosso dia-a-dia como as de agenda e calendário. Entretanto, em geral falamos ao celular muito mais do que deveríamos. A não ser que você seja daqueles que passam o dia inteiro na rua, falar ao celular deveria ser algo reservado para ocasiões excepcionais. Assim, para nos ajudar a usar o celular apenas quando necessário, nada melhor do que mudar para o serviço pré-pago. Você vai economizar muito dinheiro sem ficar na mão. Minha conta era cerca de 200 reais mensais. Depois que mudei para o pré-pago passei a gastar cerca de 15 reais por mês. No início é mais difícil, mas com o tempo a disciplina é automática. Você vai aprender a usar o celular apenas se for realmente necessário. Funcionou comigo e funciona com a maioria das pessoas. Dependendo do seu caso, a economia pode passar de 100 reais por mês, ou seja, mais de 1.200 por ano!<br />
</div><b>Aproveite bem a TV por assinatura </b><br />
<div style="text-align: justify;">São raras as pessoas que conseguem realmente aproveitar o que pagam pela TV fechada. As pessoas em geral passam cada vez menos tempo em casa. Trabalho, trânsito e outros fatores da vida moderna fazem com que muitos fiquem em casa apenas para dormir. Pensando nisso, que tal cancelar aquela TV a cabo que você só utiliza nos fins-de-semana? Aproveite o tempo para fazer algum esporte ou para visitar os amigos (e ver televisão na casa deles hehehe). Suspeito que você será muito mais feliz. Mas se você é daqueles que não dispensa uma TV por assinatura, pelo menos faça o possível para aproveitar bem os serviços. Como? Dê preferência pelos combos oferecidos por algumas empresas, com os quais você terá a chance de economizar na conta de telefone e banda larga. Também é uma economia que pode passar dos 100 reais por mês.<br />
</div><b>Economize nas ligações interurbanas com VoIP</b><br />
<div style="text-align: justify;">Se você liga muito para outros estados e, quem sabe, até para o exterior, considere seriamente utilizar um serviço VoIP. O custo da ligação em geral é muito menor. Existem até equipamentos que simulam o serviço como se fosse um telefone fixo comum. Por baixo, vamos considerar uma economia também de uns 100 reais por mês.<br />
</div><b>Resista à tentação de comprar toda novidade tecnológica</b><br />
<div style="text-align: justify;">A mídia diz que precisamos comprar um novo celular, um novo computador, uma nova televisão, etc. Se você é daqueles que faz questão de acompanhar as evoluções tecnológicas, cuidado! A tecnologia de hoje em dia evolui com muita rapidez. Um celular top de linha hoje está ultrapassado literalmente amanhã mesmo! Não adianta comprar a última novidade tecnológica achando que você estará em dia com a tecnologia por pelo menos algum tempo. Troque de aparelho apenas quando o seu deixar de funcionar. Se é um celular, espere a bateria dele ficar viciada para trocar. Se é um computador, experimente reinstalar tudo ou fazer um upgrade para prolongar a sua vida. Se é uma televisão, espere ela pifar. Entenda uma coisa de uma vez por todas: mesmo que você troque todos esses aparelhos todo mês você nunca estará atualizado. Ah, e sempre vai existir alguém mais atualizado que você! Assim, deixe o orgulho de lado e economize dinheiro. Dê preferência por adquirir uma tecnologia quando o "salto" tecnológico for maior. Por exemplo, entre uma televisão CRT para LCD. De uma televisão LCD para LED, perceba que o salto do ponto de vista do consumidor é muito menor! Só espere a tecnologia deixar de ser novidade, pois os preços costumam cair muito depois de um ou dois anos do lançamento.<br />
</div><b>Conclusão</b><br />
<div style="text-align: justify;">Com um pouco de simplicidade e bom senso, é possível economizar muito dinheiro. A tecnologia deveria facilitar a nossa vida e nos fazer gastar menos e não o contrário. Seguindo essas dicas, você pode economizar bastante. Imagine que você consiga polpar cerca de 300 reais por mês. Em um ano você terá polpado quase 4 mil reais! Parece pouco, mas já é o preço de um pacote de viagem para passar uns 7 dias curtindo a praia em um bom hotel!<br />
</div>Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-31657095281530006882009-12-18T13:21:00.000-02:002011-09-06T13:36:23.697-03:00Como comprar na Internet com segurança e traquilidade<div style="text-align: justify;">
Você costuma fazer compras na Internet? Com que frequência?</div>
<div style="text-align: justify;">
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Comprar na Internet, além de cômodo, pode ser muito mais eficaz. Isso ocorre porque existem várias ferramentas para compararmos produtos e encontrarmos o melhor preço. Além disso, em geral as informações disponibilizadas pelas lojas da Internet são mais seguras do que aquele "papo de bom vendedor". Mesmo assim, muitos deixam de comprar na Internet porque têm medo de que seus dados, em especial os de cartão de crédito, sejam utilizados por criminosos. Para evitar que isso aconteça, eis algumas dicas muito úteis para você comprar na Internet com toda a segurança e tranquilidade.</div>
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<b>Tenha um cartão de crédito especialmente para isso</b><br />
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<div style="text-align: justify;">
Ao invés de ficar utilizando vários cartões, concentre suas compras em um cartão de crédito específico para isso. Muitos bancos oferecem cartões adicionais sem o menor custo. O importante é ter um número de cartão de crédito específico para suas compras na Internet. A grande sacada é cancelar esse cartão de tempos em tempos. O meu banco, por exemplo, cobra apenas R$10,00 para a emissão de um novo cartão. Esse valor não é nada comparado à "dor de cabeça" que você pode evitar. Simplesmente destrua seu cartão e peça um novo. Faça isso de vez em quando. Por exemplo, se você faz compras na Internet com muita frequência e não se preocupa muito com a segurança das lojas virtuais, cancele seu cartão de seis em seis meses. Caso faça compras de vez em quando, talvez um novo cartão a cada ano seja o suficiente. Destrua o cartão e ligue para o seu banco dizendo que perdeu e quer um novo. Simples assim. Não espere ter o seu número copiado por um criminoso para só depois fazer um novo. Simplesmente cancele de tempos em tempos.</div>
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<b>Verifique a reputação da loja virtual</b><br />
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<div style="text-align: justify;">
Grandes lojas conhecidas em geral se preocupam bastante com a segurança de seus clientes. O mesmo nem sempre ocorre com pequenas lojas. A dica é verificar a reputação da loja virtual antes de efetuar a compra. Como fazer isso? Sites de comparação de preços, como o <a href="http://www.buscape.com.br/">Buscapé</a> e o <a href="http://www.bondfaro.com.br/">Bondfaro</a>, já fazem isso por você. O Buscapé, por exemplo, mantém uma <a href="http://www.buscape.com.br/empresas-nao-recomendadas.asp?">lista negra de lojas virtuais</a>. E vale a pena consultar a opinião de outras pessoas em sites como o <a href="http://www.reclameaqui.com.br/">Reclameaqui</a> e o <a href="http://www.confiometro.com.br/">Confiômetro</a>. Outro bom indicador é o preço. Desconfie de preços muito baratos em relação à concorrência.</div>
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<b>Evite lojas virtuais que armazenam seus dados de cartão de crédito</b><br />
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<div style="text-align: justify;">
Algumas lojas, por razões de conveniência (ou não), armazenam seus dados de cartão de crédito para facilitar futuras compras. Apesar de conveniente, isso não é nada seguro. Quanto mais tempo esse tipo de informação fica armazenada no banco de dados da empresa, maior é a probabilidade de seus dados serem acessados indevidamente por criminosos em uma eventual invasão virtual da loja. Evite comprar em sites que façam isso, a não ser que você esteja prestes a cancelar o seu cartão conforme a primeira dica (hehehe!).</div>
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<strike><b>Imprima tudo</b></strike><br />
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<div style="text-align: justify;">
<strike>Uma das vantagens de se comprar na Internet é que tudo está escrito. Portanto, imprima tudo, tudo mesmo. Salve todas as informações relevantes que te levaram a efetuar aquela compra: descrição detalhada do produto, informações do pedido, recibo de pagamento, informações sobre o prazo de entrega e condições para troca, política de privacidade, etc. Se quiser economizar papel, salve tudo em <a href="http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&ct=res&cd=1&ved=0CAkQFjAA&url=http%3A%2F%2Fsourceforge.net%2Fprojects%2Fpdfcreator%2F&ei=_ZsrS-npD4yiuAfPieWYBw&usg=AFQjCNH8WJ3bow67eCjeG-gQ-xpeyLniEg&sig2=oishOJE8mLnm89Fb02bsfw">PDF</a>.</strike>Consulte este <a href="http://blogdosamueldiniz.blogspot.com/2011/09/faca-compras-na-internet-com-seguranca.html">artigo</a>.</div>
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<b>Conheça seus direitos</b><br />
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<div style="text-align: justify;">
O Código de Defesa do Consumidor estabelece o direito de arrependimento para compras efetuadas pela Internet. Isso é necessário para garantir que você possa se arrepender depois de ver o produto ao vivo e a cores. Portanto, compre com toda tranquilidade. Você pode se arrepender e devolver o produto! Consulte o código para verificar quais produtos e em quais situações isso é possível.</div>
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Boas compras!
Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-56582580019037526842009-09-24T16:09:00.002-03:002009-09-24T16:23:45.611-03:00Futuro dos programadores, as interfaces touch e o reconhecimento de vídeo<div style="text-align: justify;">Já publiquei neste blog pelo menos dois artigos sobre o futuro dos programadores (se você ainda não os leu, talvez ache interessante dar uma olhadinha neles: <a href="http://blogdosamueldiniz.blogspot.com/2008/07/os-programadores-deixaro-de-existir.html">artigo 1</a>; <a href="http://blogdosamueldiniz.blogspot.com/2008/08/futuro-dos-programadores.html">artigo 2</a>). Gosto muito de pensar sobre esse tema e vislumbro muitas mudanças na demanda por programadores. Não que eu esteja disposto a me preparar para isso. Já tive minha época de nerd que estava sempre atualizado com as novidades das linguagens de programação e seus respectivos SDKs. Mas gostaria de ajudar os milhares de jovens que estão entrando no mercado de trabalho a tomar um rumo na vida. E esse rumo da programação, meus amigos, está diretamente relacionado com as interfaces touch e o reconhecimento de vídeo.<br />
</div><div style="text-align: left;"><b>Interfaces touch</b> <br />
</div><div style="text-align: justify;">Ninguém pode negar que as intefaces touch significaram um grande avanço tecnológico. Só que o sucesso delas não se deve à tecnologia touch em si (os dispositivos de entrada e saída), mas às novas interfaces. E a preocupação dos fabricantes agora é aproveitar o pleno potencial touch para melhorar a usabilidade e a percepção de valor por parte dos usuários. Nisso, os novos celulares estão cada vez melhores. Tirando a interface da Apple, que dispensa comentários, tenho notado que as demais interfaces estão cada vez melhores. A HTC, por exemplo, está oferecendo um Android muito rico. E agora é a vez da Motorola também entrar forte no mercado com o Dext. A Nokia, apesar de ter na minha opinião a melhor interface não-touch, infelizmente ainda não conseguiu abandonar certos paradigmas para aproveitar plenamente o potencial touch. Eu sei que esse meio é extramente competitivo e muitas melhorias por parte de um fabricante acabam esbarrando em patentes da Apple ou outra grande empresa. Mas a concorrência, já que está atrasada, precisa fazer um esforço de criatividade maior se deseja acompanhar a evolução desse mercado. Por tudo isso, prezado programador, é hora de abandonar aqueles tradicionais programinhas com interfaces baseadas em formulários e partir para o desenvolvimento de aplicações mobile com interface touch. Baixe os SDKs dos principais fabricantes e mergulhe de cabeça nesse mundo. Conhecimentos de design são extramente importantes. Emprego não vai faltar, pode acreditar!<br />
</div><div style="text-align: left;"><b>Reconhecimento de vídeo</b> <br />
</div><div style="text-align: justify;">Outra coisa que estamos percebendo no mercado, é a crescente oferta de desktops com grandes monitores do tipo touchscreen. Alguns desses desktops já estão até sintonizando canais de TV, inclusive os digitais. Ao passo que a interface dessas máquinas for melhorando e elas forem se popularizando cada vez mais, uma nova mudança vai acontecer. Além do PC do escritório ou quarto, as famílias vão ter um outro desktop na sala também, no lugar da televisão. Só que, nesse ponto, a interface touch não será suficiente para o sucesso dessas máquinas. Afinal, ninguém vai querer ficar grudado no monitor da sala e sim sentado no sofá. Controle remoto, nem pensar. Essa porcaria, baseada em comunicação por infravermelho que vive falhando, já não é suficiente para comandar todos os recursos que são oferecidos por essas máquinas. Talvez até os fabricantes ofereçam verdadeiros iPods touch que sirvam como controles remotos baseados em bluetooth ou wi-fi. Só que não vai passar de um quebra-galho. A grande revolução será mesmo o reconhecimento de vídeo. Adeus teclados. Adeus touchscreen. Adeus controle remoto. Toda a interface com o usuário será baseada no reconhecimento de vídeo. Vídeo do quê? Dos movimentos das pessoas sentadas no sofá em frente da televisão, digo, do computador. Lembrou do Projeto Natal? É disso mesmo que estou falando.<br />
</div><div style="text-align: left;"><b>Mais reconhecimento de vídeo </b><br />
</div><div style="text-align: justify;">Na verdade, o reconhecimento de vídeo irá muito além de simplesmente controlar um computador ou vídeogame. Diversos outros avanços tecnológicos dependem de avanços contínuos nos softwares de reconhecimento de vídeo. Robores, carros com piloto realmente automático, sistemas de vigilância, sistemas analisadores de comportamento, tudo isso depende do reconhecimento de vídeo (e, obviamente, estamos falando também do reconhecimento do som do vídeo). Porque tudo isso ainda não faz parte do nosso cotidiano? Simplesmente porque ainda existem muitos problemas envolvendo reconhecimento de vídeo por serem resolvidos. Ou seja, precisamos de mais programadores pesquisando sobre isso e oferecendo soluções. Tratam-se de sistemas extramente complexos e pesados. Ainda estamos engatinhando nessa área.<br />
</div><div style="text-align: justify;">Uma idéia prática para quem está desempregado: escolha um problema para resolver que esteja relacionado com interfaces touch ou reconhecimento de vídeo, monte um projeto e apresente-o a alguma instituição que queira investir nele. Tenho certeza que você será bem sucedido!<br />
</div><div style="text-align: justify;">Aguardo os comentários de vocês sobre tudo isso. <br />
</div>Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-18664755224278341362009-04-12T11:37:00.002-03:002009-04-12T11:42:44.605-03:00Engenharia de Software Conference - 22 e 23 de Maio, Lapa, São Paulo<div style="text-align: justify;">Vou fazer um breve intervalo na série de artigos <a href="http://blogdosamueldiniz.blogspot.com/2009/04/desmistificando-o-mpsbr-gerencia-de.html">Desmistificando o MPS.BR</a> para divulgar um importante evento. Nos dias 22 e 23 de maio, a DevMedia realiza, em São Paulo, a Engenharia de Software Conference. Serão três tracks simultâneos, onde os mais graduados especialistas do ramo discutirão os principais temas da Engenharia de Software atual, entre eles o MPS.Br. Uma metodologia de gerenciamento desenvolvida especialmente para as empresas brasileras. </div><div style="text-align: justify;">As explanações vão desde o projeto até os últimos testes de um software, passando pelos diversos conceitos de gerenciamento. Serão 40 horas de conteúdo, distribuídas em 30 palestras. O evento conta com a presença de palestrantes renomados, como Ana Regina Rocha, que será a keynote da conferência. Ela foi uma das idealizadoras do Modelo Mps.Br (Melhoria de Processos do Software Brasileiro), além de ser implementadora e avaliadora credenciada pela SOFTEX e membro do grupo de pesquisa em Engenharia de Software da Universidade Federal do Rio de Janeiro. </div><div style="text-align: justify;">Faço questão de divulgar esse evento por que a Engenharia de Software Conference não tem o patrocínio de nenhuma das empresas fabricantes. Isso garantirá uma maior imparcialidade, apresentando análise comparatória dos mais variados softwares do mercado. O evento pretende garantir aos profissionais da área excelentes oportunidades de aprendizado e network.</div><div align="justify"><b>Mais informações:</b></div><div align="justify"><a href="http://www.devmedia.com.br/es_conference" target="_blank">www.devmedia.com.br/es_conference</a></div><div align="justify">e-mail: <a href="mailto:evento@devmedia.com.br" target="_blank">evento@devmedia.com.br</a></div><div align="justify">Tel.: (21) 3382-5025</div><div align="justify"><b>Assessoria de Imprensa</b></div><div align="justify">Tel.: (21) 3382-5021</div><div align="justify">Kaline Dolabella<br />
<a href="mailto:kaline@devmedia.com.br" target="_blank">kaline@devmedia.com.br</a> </div><div align="justify">Leandra Vianna<br />
<a href="mailto:leandra_vianna@devmedia.com.br" target="_blank">leandra_vianna@devmedia.com.br</a></div><div style="text-align: justify;">Quem quiser conhecer melhor o trabalho da DevMedia sobre engenharia de software, pode postar um comentário aqui com o nome e e-mail que vou disponibilizar 10 assinaturas digitais da revista Engenharia de Software para os primeiros 10 comentários.</div>Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-20785157961681159482008-12-02T16:05:00.002-02:002008-12-02T16:50:13.591-02:00Futuro dos celulares<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.sfgate.com/blogs/images/sfgate/techchron/2008/09/23/Google_Phone_NYML208499x450.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="375" src="http://www.sfgate.com/blogs/images/sfgate/techchron/2008/09/23/Google_Phone_NYML208499x450.JPG" width="420" /></a></div>Como serão os aparelhos celulares daqui a cinco ou dez anos? Não acho que seja uma previsão díficil de acertar. Mas também não é algo tão óbvio. Venho acompanhando as tendências dessa tecnologia a algum tempo e me arrisco a dar alguns palpites.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><b>Tamanho</b></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Como diz o ditado, tamanho não é documento. De fato os celulares pararam de diminuir. Finalmente perceberam que celulares muito pequenos são extremamente desconfortáveis de usar. Lembro de um celular da Samsung, que mais parecia um chaveiro e era horrível de acertar os botões. Acredito que a corrida por celulares pequenos acabou. O tamanho dos celulares atuais, com exceção do Blackberry (que é ridiculamente grande), parece adequado. Um bom celular não pode ser muito pequeno, nem muito fino. Exageros comprometem o manuseio.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><b>Peso</b></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">O peso dos celulares atuais também parece estar adequado. Talvez fique um pouco mais leve, mas não há muito o que se fazer nessa área. Não que não exista tecnologia disponível. Mas simplesmente não é necessário. Um celular leve demais também facilita extravios.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><b>Tela</b></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">A tendência da tela é crescer cada vez mais. Logo, logo teremos aparelhos com telas enormes, no estilo iPhone ou maiores. Se houver teclado, esse será embutido, tal como o G1 (nunca teclados tradicionais como o N96 -- estes serão substituídos pela tela ou comando de voz). Acredito também que quase todos os celulares terão telas sensíveis ao toque. Só que as telas serão mais resistentes e menos suscetíveis a riscos.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><b>Teclado</b></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Como já mencinei acima, o teclado tende a ficar embutido pois, em geral, os aparelhos serão sensíveis ao toque. Mas aposto muito mais que o teclado vai é sumir de vez. Com a evolução das telas sensíveis ao toque e dos comandos de voz, o teclado será cada vez menos necessário. Entretanto, como os celulares serão cada vez mais utilizados como computadores pessoais, acredito que logo teremos aparelhos com teclados do tamanho de <a href="http://www.virtual-laser-keyboard.com/">teclados de notebook projetados sobre uma superfície plana</a>.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><b>Sistema operacional</b></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Esta sim é a área onde acredito que veremos as maiores revoluções nos celulares. Os sistemas operacionais e demais aplicativos estão evoluindo cada vez mais. Percebo uma tendência semelhante ao que ocorreu com os computadores pessoais no século passado. Daqui a dez anos os celulares continuarão vindo com um sistema operacional. Mas será algo básico. Existirão empresas especializadas em sistemas operacionais e aplicativos para celular. Isso já ocorre hoje. Mas em breve as plataformas vão se padronizar e poderemos trocar de sistema operacional como fazemos com os PCs atualmente. Os softwares vão ficar cada vez mais intuítivos e pesados. Acredito que o Android, da Google, por ter sido o primeiro, vai se consolidar como o produto mais utilizado. O pessoal da Apple vai continuar teimoso como sempre foi (pelo menos até que o Steve Jobs morra). Outros sistemas operacionais também existirão. O Linux continuará sendo uma opção pouco utilizada. Haverá também uma versão do Windows para celulares, mas não será tão utilizada. Assim como ocorre hoje com os PCs, haverá uma corrida pelo software mais utilizado, seja um browser, um navegador GPS ou até uma agenda de contatos superinteligente.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><b>Bateria</b></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">As baterias não vão durar mais do que duram hoje. Qualquer evolução nessa área vai apenas acompanhar o maior consumo de energia dos celulares do futuro. Isso por que eles serão cada vez mais devoradores de recursos, assim como os PCs de hoje.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><b>Periféricos</b></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">No futuro, deverão existir periféricos compatíveis com os celulares. Impressoras e monitores poderão ser conectados aos aparelhos. Os usuários poderão imprimir documentos e imagens direto dos celulares. A integração com o computador também será maior, especialmente para backup e troca de arquivos. A integração com câmeras não será necessária, pois todos os aparelhos já trarão uma de BOA qualidade embutida.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><b>Reconhecimento de voz</b></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Eis um recurso que nunca vingou. Não vingou por que simplesmente não funciona. Mas acredito que logo, logo um iluminado vai finalmente resolver o problema do reconhecimento de voz. Aí, poderemos utilizar o aparelho celular tanto para fazer ligações, quanto para digitar (ditar) longos textos sem a necessidade de um teclado. O reconhecimento de voz também será cada vez mais importante para a indústria em torno dos GPSs.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><b>Conclusão</b></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Considerando tudo o acima, vejo que os celulares não vão evoluir muito do ponto de vista do hardware. A grande revolução virá por meio do software, especialmente com o reconhecimento de voz, touch-screen e integração com outros periféricos. Transformar REALMENTE o celular um PC vai resolver de uma vez por todas a questão da inclusão digital dos países menos desenvolvidos. E tornará a internet REALMENTE acessível a todas as pessoas.</div>Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1919290805493360924.post-50914199019389485122008-08-11T19:46:00.008-03:002008-08-11T20:12:42.174-03:00Caia na real: sua empresa pode ser mais produtiva<div style="text-align: justify;">Menos pode ser mais. E quando o assunto é produzir software, primar pela simplicidade pode trazer ótimos resultados. E não é isso que toda empresa quer? A sua também? Então é hora de cair na real. Recentemente, uma empresa tem se destacado por pregar a simplicidade de software -- a <a href="http://www.37signals.com/">37signals</a>. Eles publicaram um livro chamado Getting Real (Caindo na Real) que, apesar de muito polêmico, tem convencido gestores de TI do mundo inteiro a simplificarem seus processos de desenvolvimento e seus produtos. O livro pode ser lido on-line gratuitamente através do endereço: <a href="http://gettingreal.37signals.com/">http://gettingreal.37signals.com/</a>. Existe uma versão em português também que pode ser acessada nesse mesmo endereço.<br /><br />Leitura obrigatória para desenvolvedores, supervisores e CIOs.<br /><br />Boa leitura!</div>Samuel Dinizhttp://www.blogger.com/profile/06762193106492679867noreply@blogger.com0